Terapia japonesa é tema de oficina no Envelhecimento Ativo desta segunda (18/04) na Santa Casa
Ainda pouco conhecido do público geral, Jin Shin Jyutsu (JSJ) é uma antiga prática japonesa que equilibra a energia do corpo usando os dedos e as mãos para eliminar o estresse, buscar o equilíbrio emocional, aliviar a dor e abrandar doenças agudas ou crônicas. Esta prática se dirige às causas subjacentes da doença e pode ser usado com segurança como complemento de qualquer terapia ou medicação.
A técnica japonesa será tema do Grupo de Envelhecimento Ativo da Santa Casa de Maceió (Geasc) em oficina ministrada nesta segunda (18/04) pelo engenheiro eletrônico Silvano Machado.
A palestra será ministrada das 14h às 16h no auditório do Centro de Estudos da Santa Casa de Maceió, na Rua Barão de Maceió, Centro da capital alagoana.
O que é o Jin Shin Jyutsu
O JSJ é uma fisiofilosofia que procura harmonizar corpo, mente e espírito por meio de toques com as mãos em 26 áreas do corpo, as chamadas “travas de segurança”, nas quais a energia vital circula. A parte teórica da filosofia pode parecer complicada à primeira vista, mas os benefícios e resultados são simples de serem alcançados. O conceito básico é saber “ler” o corpo, identificando se algo vai mal e de onde vêm as dores.
Diferentemente da acupuntura, que usa pontos específicos para sedar ou energizar os pacientes, buscamos a harmonização dessa energia e dos seus fluxos por meio de combinações de toques firmes, mas suaves, para cada distúrbio.
Um dos diferenciais do Jin Shin Jyutsu é justamente a facilidade de pôr em ação as diferentes técnicas, que não exigem um ambiente preparado nem instrumentos além das mãos.
Os especialistas afirmam que o JSJ não tem contraindicações e é usado, na maioria dos casos, como forma completamentar da medicina tradicional.
Origem
Definido como arte de harmonização através de toques com as mãos, o JSJ era transmitido oralmente no Japão. No entanto, já estava desaparecendo quando foi redescoberto e sistematizado pelo filósofo japonês Jiro Murai, em meados da década de 1920. Após ser diagnosticado com uma doença grave, relatos dizem que Murai isolou-se da família e encontrou a cura realizando alguns gestos com as mãos, ao mesmo tempo em que meditava e jejuava.
A partir daí, o estudioso buscou achar o motivo de ter sido curado em textos antigos chineses, gregos, hindus, além do Kojiki (livro mais antigo sobre a história japonesa) para, então, codificar as técnicas e práticas dessa fisiofilosofia. O Jin Shin Jyutsu foi introduzido no Ocidente em 1950 por iniciativa de uma das alunas de Murai, Mary Burmeister, que decidiu compartilhar seus conhecimentos após mais de 17 anos de estudos. No Brasil, o livro O Toque da Cura, de Alice Burmeister e Tom Monte, é a principal fonte de informação dessa filosofia.
Rapidinhas
Para quem deseja resultados rápidos ou vai passar por algum momento de estresse, existem algumas dicas, chamadas de “rapidinhas”, que aliviam os problemas. A mais simples é segurar os dedos de uma mão com a outra mão (cada dedo tem relação com as travas de segurança):
Polegar
Trabalha emoções como preocupação e ansiedade, além de problemas de estômago, baço e indigestão
Indicador
Evita o medo, facilitando o relaxamento das costas e melhorando o funcionamento da bexiga e dos rins
Médio
Tem relação com raiva, irritação e frustração, além de problemas de fígado e vesícula
Anular
Melhora sentimentos como tristeza e mágoas e trabalha o funcionamento de pulmões e intestino grosso
Mínimo
Facilita a auto aceitação e o controle de determinadas situações. Tem relação com o coração e intestino delgado
Fonte: Revista Donna
O projeto
Em 2009, a Santa Casa de Maceió lançou um projeto que visava congregar e, sobretudo, preparar homens e mulheres acima dos 60 anos para viver com qualidade de vida a chamada terceira idade.
A partir de então, o Curso de Envelhecimento Ativo passou a ser pólo de promoção de saúde, além de ponto de encontro e de convivência de pessoas que desejam compartilhar experiências, dons e vivências. “São homens e mulheres que buscam viver mais e melhor”, disse a geriatra Helen Arruda, fundadora e incentivadora do projeto.
Com a evolução natural do projeto, os próprios participantes passaram a assumir a operacionalização do Geasc, assumindo a coordenação da iniciativa o professor Geraldo Liberal.
O Geasc promove aulas uma vez por semana, das 14h às 16h, sempre as segundas, no auditório do Centro de Estudos da Santa Casa de Maceió, na Rua Barão de Maceió.
O Geasc mobiliza diversos profissionais da instituição durante todo ano. Participam da iniciativa médicos de várias especialidades, além de psicólogas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas e assistentes sociais, que se revezam em palestras informativas abrangendo orientações sobre saúde e alimentação, sexualidade, tecnologia, direitos sociais entre outros.
Mais informações na Secretaria do Centro de Estudos Professor Lourival de Melo Mota: (82) 2123-6037.
Deixe uma resposta