Equipe da Hemodinâmica usa técnica “chaminé” para tratar paciente SUS
Um paciente de 60 anos, residente na cidade alagoana de Murici e usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) poderia ter vindo a óbito esta semana não fosse a atuação da equipe integrada do Serviço de Hemodinâmica da Santa Casa de Maceió. “O caso era grave e tivemos de recorrer a uma técnica conhecida como chaminé”, comentou o cirurgião cardíaco Francisco Siosney.
Ao revelarem um câncer na bexiga do paciente, os exames indicaram também um aneurisma de aorta abdominal, que precisava ser enfrentado antes de iniciado o tratamento oncológico. “O aneurisma na aorta é uma dilatação que ocorre nas paredes desta artéria, que é o principal vaso do sistema circulatório e que leva o sangue do coração para todos os outros órgãos, entre eles o sistema renal”, explicou o cirurgião vascular Ronaldo Nardão.
Para o leigo, pode-se dizer que a aorta assemelha-se a uma mangueira e o aneurisma à dilatação que pode se romper em algum ponto e a qualquer momento. O resultado é uma hemorragia interna, seguida de óbito em poucos minutos.
O perigo do aneurisma da aorta reside no fato do problema não apresentar sintomas. “Um simples ultrassom de abdômen ou tomografia permitiria fazer o diagnóstico e salvar muitas vidas. A ultrassonografia com Doppler é recomendada em pacientes acima de 60 anos como método de triagem para aneurisma de aorta abdominal”, alertou o cirurgião vascular Jubrant Petruceli.
Vale destacar que dos 150 casos/ano estimados em Alagoas, apenas 20 buscam tratamento. E isso, na maioria dos casos, após a descoberta acidental da patologia por conta de outras doenças.”Os outros 130 vão a óbito sem terem sequer conhecimento do problema”, lamenta.
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