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Mastologista Francisca Indira Beltrão

Na abertura do Outubro Rosa, campanha nacional de conscientização sobre o câncer de mama, a mastologista Francisca Indira Beltrão da Matta diz o caminho das pedras para mulheres (e homens!) se prevenirem contra este mal que tanto preocupa médicos, governos e sociedade.

“Cerca de 10% dos casos de câncer de mama são hereditários. Os outros 90% são esporádicos, ou seja, tem causas multifatoriais, vinculadas ao estilo de vida, o que inclui o sedentarismo, o estresse cotidiano, o tabagismo e a alimentação de má qualidade que podem causar alterações nos mecânicos de regulação da proliferação de nossas células”, orienta Dra Francisca Beltrão.

Questionada sobre como é possível diminuir o risco da doença, a especialista lembra que há referências na literatura médica de que a patologia é menos frequente entre mulheres que tiveram filhos, amamentam, fazem atividade física regular e mantém distância de hábitos nocivos como cigarros, bebidas alcoólicas e alimentos gordurosos.

Quanto ao check-up periódico, recomenda-se que, tão logo a paciente menstrue, seja feito o exame físico das mamas com ginecologista ou mastologista, pois mulheres jovens também podem ter câncer de mama. Nestes casos, o tumor pode ser até mais agressivo e com causa hereditária.

É consenso entre os especialistas que após os 40 anos a mulher comece a fazer os exames de mamografia anualmente. Ela auxiliará no diagnóstico precoce do câncer de mama, e, consequentemente, aumentar as chances de cura, com tratamento adequado.

“Entre uma mamografia e outra, a mulher deve fazer mensalmente o auto-exame da mama em busca de sinais como: pele da mama avermelhada, mamilo invertido, nódulo (“caroço”), mama endurecida, “caroço” na axila e secreção por um dos mamilos. A mulher precisa conhecer o seu corpo e tornar isso uma rotina saudável”, disse Francisca Beltrão.

A especialista alertou, entretanto, que o autoexame não deve substituir a mamografia e as consultas ao mastologista.