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Participante diz que o Projeto Mama mantém o grupo bem informado, mas lamenta pelas mulheres que não têm o mesmo nível de informação sobre a doença 

Vale à pena fazer a reconstrução imediata da mama após a sua retirada cirúrgica ? Essa é uma das perguntas mais frequentes que mulheres em tratamento contra o câncer de mama fazem (ou deveriam fazer) ao seu oncologista, radioterapeuta, mastologista e cirurgião plástico.

Na maioria dos casos, tais cirurgias não trazem consequências clínicas indesejáveis, mas as pacientes precisam ser informadas pelo seu médico de que há, sim, um percentual de risco de ocorrerem problemas pós-cirúrgicos, como podem ocorrer em qualquer outro tipo de procedimento.

Entre os eventos colaterais estão a contratura capsular da prótese, a necrose na pele, infecções etc.

Um dos eventos que mais preocupa é a contratura capsular da prótese. “Trata-se da contração da cápsula de tecido fibroso que se forma em algumas pacientes recobrindo e isolando do organismo a prótese mamária. Essa contratura capsular pode trazer desconforto, dor e deformidade à mama”, explicou o radioterapeuta Caio Arraes no encontro mensal do grupo Mulheres Vencedoras, iniciativa do Projeto Mama.

Arraes lembra que mulheres que fazem a retirada da mama e sua reconstrução com prótese ou expansor têm até 20% de risco de apresentar o problema. Se precisar fazer sessões de radioterapia após a cirurgia esse percentual pode subir para 40%.

Segundo Caio Arraes, a decisão de fazer ou não a reconstrução mamária junto com a retirada da mama precisa ser fruto de diálogo entre médicos e paciente, para se antever eventuais complicações.

Mulheres precisam de informação

Ademilda da Silva, uma das participantes do Mulheres Vencedoras, lembrou no evento que ela tem a sorte de estar no Projeto Mama e de estar esclarecida sobre o problema, mas perguntou e as mulheres que não tem acesso a essas informações?

Caio Arraes lembrou que a reconstrução é bastante importante para a auto-estima das mulheres e que elas devem apresentar suas dúvidas ao seu médico sobre as vantagens e os riscos deste ou daquele procedimento. Já os profissionais devem avaliar e explicar cada tratamento ao paciente.