TAVI: sem precisar abrir o peito, paciente tem rápida recuperação
Por ser minimamente invasivo, o implante valvular aórtico transcateter (Tavi) apresenta duas vantagens principais: a rápida recuperação do paciente e o uso de anestesia superficial.
No caso da paciente octogenária, assistida na Santa Casa de Maceió esta semana, ela saiu acordada do Serviço de Hemodinâmica logo após o procedimento. “Em alguns casos, a anestesia pode ser substituída por sedação leve”, diz o especialista Evandro Martins.
Quanto à recuperação precoce, a técnica permite que na maioria das vezes o paciente tenha alta em até dois dias, sendo 24 horas na UTI e igual período no leito.
Já na cirurgia convencional (aberta) são no mínimo quatro dias de UTI (se não houver intercorrências), uma semana de recuperação no leito e 1 mês para o paciente voltar à rotina normal.
Apresentado na França em 2002, o implante valvular aórtico transcateter foi aprovado pela Agência Nacional de Saúde (ANS) em 2008. Em 2017, o primeiro alagoano era beneficiado com a técnica na Santa Casa de Maceió.
É uma alternativa para pacientes idosos com risco de morte muito elevado se submetidos ao procedimento cirúrgico tradicional, porém, ainda não é utilizada em outros casos.
O procedimento, que até então era limitado aos hospitais do eixo Sul-Sudeste, com poucos casos no Norte-Nordeste, agora está acessível aos alagoanos. “Esta avançada técnica simboliza o pioneirismo da Santa Casa de Maceió, consolidada como referência em cardiologia em Alagoas e no Brasil”, comemora Leilton Luna. Segundo ele, o estreitamento da válvula aórtica ocorre ao longo do tempo, sendo mais prevalente em idosos e acometendo entre 3% e 5% dos idosos acima de 75 anos.
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