Protocolo mantém paciente aquecido em cirurgia e reduz risco de complicações
A Santa Casa de Maceió adotou um protocolo para reduzir o risco de hipotermia em pacientes no centro cirúrgico. O motivo é simples. Uma norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) estabelece que a temperatura em salas cirúrgicas deva permanecer entre 18°C e 22°C como forma de prevenir a proliferação de agentes infeciosos no ambiente.
O problema é que a esta temperatura o paciente pode entrar em hipotermia, ou seja, num quadro onde o corpo dissipa mais calor do que produz internamente. Esse esforço para equalizar a temperatura pode gerar uma série de complicações indesejáveis para o paciente cirúrgico (veja mais no quadro), que podem levar até mesmo a óbito.
E qual a principal ferramenta do Protocolo para Profilaxia de Hipotermia no Intraoperatório de Pacientes Cirúrgicos? Resposta: a manta térmica.
Segundo explica o anestesiologista Giulliano Peixoto Gonçalves, a manta térmica é um colchão de alta resistência interligado, por meio de dutos, a um equipamento que gera uma corrente de ar aquecido adequada a cada paciente e de acordo com a temperatura ambiente.
Além de acompanhar o processo de sedação e o quadro clínico do paciente durante a cirurgia, cabe ao anestesiologista verificar a temperatura do paciente e regular o equipamento.
“O paciente que não utiliza a manta térmica perde 1°C nos primeiros 40 minutos de cirurgia”, alertou Giulliano Peixoto.
A ausência do equipamento pode aumentar os custos com internação (pelo risco de eventos adversos e internação prolongada), pode exigir mais transfusão de sangue (devido a problemas de coagulação) e até exigir exames laboratoriais adicionais.
A manta térmica é indicada, por lei, para pacientes cirúrgicos idosos e pediátricos e em procedimentos que durem mais de uma hora. Na Santa Casa, o recurso é usado por pacientes de convênio, particulares e do Sistema Único de Saúde.
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