Santa Casa de Maceió realiza primeiro mutirão nacional de ecoendoscopia
A Santa Casa de Misericórdia de Maceió realizou do dia 25 de julho, Dia do Endoscopista, o primeiro mutirão de ecoendoscopia do Brasil. Com o auxílio de um novo equipamento, os especialistas alagoanos Carlos Amaral e Hebert Toledo, ao lado dos especialistas do Rio de Janeiro, Djalma Coelho e José Flávio Coelho, fizeram exames em doze pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O gastroenterologista da Santa Casa de Maceió, Carlos Amaral falou sobre os diferenciais do ecoendoscópio usado no mutirão. “O equipamento é da marca Olympus e é o que tem de mais moderno no mundo. Da série 190, ele tem vários recursos como magnificação de imagem e autofocos, o que permite, com a processadora do ultrassom, dar mais detalhes de imagens endoscópicas e ecoendoscópicas. Isso permite o diagnostico diferenciado de lesões devido à tecnologia que o equipamento nos fornece”, disse.
Ainda segundo o especialista, a Santa Casa de Maceió tem um projeto para trocar os equipamentos atuais por esse modelo. “Isso fará com que a instituição se iguale aos serviços endoscópicos da Europa, da América do Norte ou do Japão, onde a máquina é fabricada. O equipamento poupa tempo e evita, às vezes, um risco cirúrgico desnecessário”, ressaltou Carlos Amaral.
O perfil dos pacientes atendidos no mutirão é de quem tem lesões do trato intestinal alto e baixo com suspeitas de neoplasias, ou que já tenham neoplasias, que precisa fazer estadiamento, isto é, verificar até onde a lesão chegou. O uso do novo equipamento, para o cirurgião, funciona como uma estratégia cirúrgica.
“Este é o primeiro mutirão no Brasil com uma técnica muito avançada e que poucos profissionais praticam. Tivemos a oportunidade de fazer esse treinamento com os dois experts do Rio de Janeiro que vieram para fazer o atendimento à população. A instituição abraçou essa causa e está dando todo o apoio necessário para que o serviço seja montado na instituição”, destacou o cirurgião da Santa Casa de Maceió, Hebert Toledo.
“A Santa Casa de Maceió está proporcionando à população um exame de difícil acesso não só aqui na região, mas em todo o país. É um exame com poucas profissionais treinados, mas de suma importância para o diagnóstico, principalmente das neoplasias, ou seja, de doenças malignas. O que a instituição está fazendo é uma coisa fantástica, trazendo um avanço, fora do comum”, afirmou Djalma Coelho, presidente da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva – Estadual Rio de Janeiro.
Técnica combina endoscopia com ecografia de alta resolução
A ecoendoscopia digestiva, ou ultrassonografia endoscópica, é um exame que combina endoscopia e ecografia de alta resolução. Trata-se de um endoscópio fino e flexível, especialmente equipado com uma sonda (transdutor) de ecografia em miniatura acoplada à extremidade do aparelho, que permite a realização de ecografia no interior do tubo digestivo.
O ecoendoscópio pode ser introduzido através da boca (ecoendoscopia alta, para avaliação do esôfago, estômago e duodeno) ou do ânus (ecoendoscopia baixa, para avaliação do cólon e reto).
O transdutor ecográfico permite obter imagens detalhadas das diversas camadas da parede do tubo digestivo em toda a sua espessura, bem como avaliar em profundidade outras estruturas vizinhas do aparelho digestivo.
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