Alagoanos ganham nova opção para correção da válvula mitral
O Serviço de Hemodinâmica, Cardiologia Intervencionista e Eletrofisiologia Invasiva da Santa Casa de Maceió realizou mais um feito inédito em Alagoas: na sexta-feira (06), a equipe coordenada pelo cardiologista intervencionista Leilton Luna Jr. fez o reparo transcateter da válvula mitral em um paciente idoso e sem perspectiva de tratamento cirúrgico convencional com abertura do tórax, ou seja, de alto risco.
O Mitraclip é um tratamento inovador realizado através de cateteres (transcateter) com um “grampo” especialmente desenvolvido para a válvula mitral. O cateter é introduzido na veia femoral do paciente (um vaso sanguíneo próximo à virilha) e leva o dispositivo até a valva mitral onde é liberado, sem a necessidade de abertura do peito do paciente ou a parada do coração. A técnica une as duas partes da válvula com problema (refluxo), reduzindo ou abolindo a quantidade de sangue que apresenta vazamento (insuficiência).
“É a primeira vez que esse tipo de correção da válvula mitral é realizado em Alagoas. Até recentemente, o tratamento era feito apenas de forma cirúrgica convencional (aberta), mas hoje conseguimos fazer uma intervenção minimamente invasiva com dispositivos seguros, que podem proporcionar uma melhor qualidade de vida para aquele paciente antes considerado inoperável, para os quais uma cirurgia aberta seria considerada catastrófica. Apesar dos benefícios, nem todos os pacientes são elegíveis para esse tipo de tratamento; apenas em casos selecionados”, explicou o especialista Leilton Luna Jr.
A terapia avançada aumenta o portfólio de procedimentos realizados na Santa Casa de Maceió. “O Mitraclip é uma possibilidade de tratamento para um paciente que antes não tinha uma opção mais segura além da cirurgia cardíaca convencional, que possibilitasse a correção do problema da insuficiência mitral de forma menos invasiva. A doença pode acontecer com o envelhecimento (degeneração da válvula) e desenvolver uma regurgitação mitral (quando a válvula não se fecha completamente e parte do sangue volta para o átrio esquerdo do coração) que leva a sérios impactos para o órgão e na qualidade de vida do paciente”, disse o cardiologista intervencionista Evandro Martins.
“Entre os principais benefícios, por ser um procedimento menos invasivo, é que conseguimos tratar com eficiência, menor risco, menor tempo de recuperação em UTI, e, com a alta precoce a recuperação em casa é muito mais rápida e tranquila”, afirma o cardiologista intervencionista Amílson Pacheco.
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