SAMU: Sinais que alertam a ocorrência de AVC
Você sabe o que é SAMU? Na neurologia, a sigla representa a união de sinais sugestivos de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Em caso de suspeita, peça ao paciente para sorrir (S), se ele apresentar um sorriso com uma deformidade da rima labial, pode ser um desvio causado pelo AVC. O [A] é de abraço. Quando o paciente não consegue abraçar, mostra que está sem forças para levantar os braços. [M] é de música. Se o paciente não consegue cantar ou assobiar é sinal de alerta. Já o [U] representa urgência e é quando deve acionar o SAMU, nesse caso, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, ou levar a pessoa imediatamente para o hospital.
Referência no tratamento de Acidente Vascular Cerebral (AVC), a Santa Casa de Maceió tem acompanhado atentamente a evolução da Neurologia e da Neurocirurgia. Guiando-se por novos estudos, a equipe do hospital avalia a fisiopatologia, faz o diagnóstico precoce, e realiza os mais modernos tratamentos. A doença pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas é mais frequente em pessoas acima dos 50 anos e com fatores de risco. Alguns fatores não são modificáveis, como a idade, questões genéticas, familiares e outras doenças que o indivíduo já tenha. Já o tabagismo, hipertensão arterial, diabetes, obesidade, sedentarismo e as dislipidemias, que podem ser acompanhados com atendimento médico regular, são os fatores modificáveis mais frequentes.
Para o coordenador do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia, Aldo Calaça, dentre vários aspectos, o que revolucionou o tratamento do AVC foi o neurointensivismo, a hemodinâmica, os exames de imagens, as técnicas endovasculares e cirúrgicas. “Hoje é feita cirurgia para descomprimir o cérebro e para restaurar o fluxo sanguíneo cerebral e a Santa Casa, com sua Unidade de AVC, tem abordado adequadamente os pacientes de insuficiência vascular cerebral, diagnosticando precocemente e tratando com diversas técnicas neurológicas, com o uso de modernas técnicas farmacológicas, de trombolíticos, técnicas mecânicas com a aplicação das trombectomias, e com o apoio do neurointensivismo permanentemente”, disse.
O diagnóstico é firmado pelo médico através da queixa principal, e da história fornecida pelo paciente (quando estiver acordado) ou por seus familiares. Os exames neurológicos e complementares são realizados detalhadamente por profissionais do corpo clínico do hospital. A partir disso são instituídas todas as medidas para o tratamento precoce e reabilitação do paciente.
Durante a pandemia, o número de pessoas com AVC também cresceu. Além dos problemas ligados ao vírus, outros fatores contribuíram para o registro desses casos, como a dificuldade de acesso ao médico assistente. “Algumas pessoas deixaram de tomar a medicação pela perda de emprego e consequente perda do poder aquisitivo, então, é possível que esse aspecto tenha contribuído para o leve aumento da incidência de casos nesse período. O próprio estresse em virtude das circunstâncias, do medo generalizado e da ansiedade, por si só, já são fatores predisponentes e associados ao aumento da pressão arterial, que é um importante fator de risco”, finalizou Calaça.
Comentário (1)
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