Serviço Social da Santa Casa trabalha para a garantia de direitos dos pacientes
Com foco no paciente e nas garantias de seus direitos, 12 profissionais especializados atuam no Serviço Social da Santa Casa de Maceió dentro dos serviços de Cardiologia, Geriatria, Nefrologia, Banco de Sangue, Oncologia, Plantão Social e nas unidades externas (Santa Casa Farol e Santa Casa Nossa Senhora da Guia), sempre junto com a equipe multidisciplinar e equipe médica. As ações buscam a responsabilidade compartilhada entre paciente, família e a equipe multidisciplinar.
De acordo com a coordenadora do Serviço de Social do complexo hospitalar, Somaya Lemos, o trabalho começa com o acolhimento do paciente e orientações à família durante o período de internamento. O objetivo é que esse paciente/família se sinta agente do processo de tratamento e cura.
“Ao identificarmos suas demandas sociais é possível realizar as orientações, intervenções e os encaminhamentos necessários. Criado esse vínculo, o paciente vai se sentir seguro e entender que tem poder de decisão, ficando mais alerta sobre os procedimentos e se sentir estimulado a participar do cuidado. Munido de informações claras, esse indivíduo vai poder passar informações mais precisas para a equipe multiprofissional. Há uma troca mútua e esse trabalho auxilia que o paciente não tenha uma hospitalização prolongada . Fazer com que ele se sinta sujeito de direito e protagonista do processo de tratamento”, destacou Somaya.
Em 2018, com o processo de Acreditação internacional da Santa Casa de Maceió e a necessidade de envolver a família/paciente no seu processo de cuidado, foi então que foi instituída a Boa Prática do Serviço Social “O papel do paciente e da família na segurança do cuidado”, que enfatiza o envolvimento do paciente/ família como coparticipante desse cuidado, estimulando a autonomia do paciente, e garantindo a participação mais efetiva e a responsabilidade sobre seu processo e tratamento de recuperação e cura.
Uma das conquistas do Serviço Social da Santa Casa de Maceió é a adequação aos parâmetros de atuação do Serviço Social na política de saúde. “Nesta Dia do Assistente Social (15), temos muito a comemorar. Hoje são poucos os hospitais e profissionais que conseguem fazer isso, pois já está enraizado dentro da visão do que é atividade do Serviço Social. Desde 2012, por exemplo, conseguimos tirar a imagem que o profissional é apenas um burocrata.
Hoje não solicitamos ambulância, não comunicamos sobre alta ou óbito, não fazemos transferências entre hospitais, não autorizamos acompanhante fora do que está previsto pela lei, nem fornecemos declaração para pacientes e seus acompanhantes de que tiveram consulta médica ou exame. Essas funções são desempenhadas pelo administrativo, que possui o controle de leitos. Nossa tarefa é garantir os direitos desses pacientes, como orientar quanto aos direitos sociais ou qualquer tipo de violação de direitos”, disse Somaya.
O trabalho ganhou força com o Projeto Escutação, quando os profissionais da equipe multidisciplinar se reúnem com acompanhantes e familiares, uma vez por semana, para ouvir e tirar dúvidas sobre o papel de cada profissional envolvido na segurança do paciente com foco na humanização do atendimento.
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