Realidade virtual ajuda pacientes antes da ressonância magnética
Com equipe treinada, equipamento já está em uso na Santa Casa de Maceió
Óculos de realidade virtual agora fazem parte das etapas do exame de ressonância magnética na Santa Casa de Maceió. Em março, a equipe assistencial do Centro de Diagnósticos foi treinada para conhecer as funcionalidades do equipamento ajustado para melhorar a experiência do paciente. Os atendimentos já foram iniciados.
Jaqueline Maria da Silva, pós-doc em Química e Biotecnologia e CEO da startup RV Saúde, esteve no Centro de Diagnósticos e destacou as qualidades do dispositivo. “A realidade virtual vai melhorar a experiência e satisfação do paciente. Isso acontece de forma educativa, já que as ações cognitivas, como visão e audição, são estimuladas enquanto ele está na máquina. Assim, o paciente vai se sentir seguro e confortável durante o exame”, afirmou.
Antes de ser implantada, a tecnologia passou pelo crivo da equipe de psicologia hospitalar. “Assim que o projeto foi apresentado à Santa Casa, o diretor de Infraestrutura e Negócios, Carlos André de Mendonça Melo, solicitou a avaliação. Passei pela experiência, observei pacientes utilizando e esclareci questões relacionadas ao uso. Para corroborar minhas impressões, outras duas psicólogas da equipe também passaram pelo processo. Em seguida, conversamos, coordenador médico, administradora e supervisora de enfermagem da ressonância, com a responsável pela empresa para avaliar os benefícios,” explicou Thaysa Alencar, coordenadora do Serviço de Psicologia.
PROCESSO – Os óculos de realidade virtual são colocados ainda na sala de espera, pouco antes de o paciente entrar na sala de exame. “Nesse mergulho na realidade virtual, o paciente tem a capacidade de entrar em um momento de relaxamento, bem como conhecer a sala de exame e ter uma ideia de como acontecerá o exame diminuindo a tensão e medo e promovendo maior conforto, segurança e tranquilidade devido a imersão na realidade virtual. Para a utilização dos óculos, nossa prioridade são pacientes que nunca fizeram exame de ressonância e/ou se mostram ansiosos e amedrontados com o exame, bem como pacientes claustrofóbicos”, explicou a enfermeira Bruna Nagle.
A tecnologia não é indicada para pessoas que se apresentem em situações de agitação, rebaixamento de nível de consciência ou algum fatores que impossibilitem a permanência do paciente com o óculos.
Deixe uma resposta