Perdas e lutos no contexto de saúde é tema de simpósio na Santa Casa de Maceió
Com conferência e mesas redondas, evento celebrou o Dia do Psicólogo, comemorado no último dia 27
A dor do luto envolve negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. São fases emocionais de uma experiência que começa quando se perde algo ou alguém. Mas ele também afeta os profissionais que atuam no atedimento de pacientes clínicos ou de vítimas de desastres.
Para falar sobre “A práxis e seus desafios clínicos: perdas e lutos no contexto de saúde”, o Serviço de Psicologia da Santa Casa de Maceió discutiu o tema, no último dia 20, durante o simpósio que celebrou o Dia do Psicólogo (27). O evento reuniu profissionais do hospital e convidados, no Centro de Estudos da instituição.
O evento, que faz parte do Programa de Educação Continuada do hospital, teve a abertura conduzida pelo provedor Humberto Gomes de Melo, e pela coordenadora do Serviço de Psicologia, Thaysa Alencar.
“A programação trouxe temas que abordam algumas formas concretas de situações de perda e luto. Então tivemos a visão de profissionais sobre desastres, como as enchentes no Rio Grande do Sul e os vivenciados em Alagoas, em decorrência do afundamento do solo de vários bairros de Maceió; a realidade dos idodos, que vivem o luto a partir de si; e os impactos ocasionados nas equipes que prestam assistência para esses públicos”, disse Thaysa.
Com uma conferência online sobre Perdas e Lutos no contexto de saúde, a psicóloga Mayla Cosmo, coordenadora do Serviço de Psicologia Hospitalar da Clínica São Vicente, do Rio de Janeiro, abriu a programação do simpósio, que ainda contou com três mesas redondas.
“Da perda ao luto em situações de desastre”, foi a primeira mesa montada. Com a participação do meteorologista Hugo Carvalho e da psicóloga Silma Oliveira, foram discutidas as abordagens técnica e psicológica realizadas pela Defesa Civil, além da atuação da psicologia hospitalar nesse contexto, com a pscicóloga da Santa Casa Nossa Senhora da Guia, Cibelle Araújo, voluntária da Cruz Vermelha.
“O suporte emocional é muito importante para as vítimas e os profissinais envolvidos, pois existem vários níveis e tipos de desastres, e cada pessoa vai reagir de uma forma diferente, ainda que sejam da mesma família e da mesma tragédia. Com o caso da mineradora em Maceió, fazemos o companhamento das pessoas mesmo que elas tenham mudado de cidade, pois vem a questão da adaptação. Tudo é novo, desde vizinhança à unidade de saúde, que pode ficar ainda mais sobrecarregada”, destacou Silma.
Na segunda mesa, a psicóloga Elizangela Falcão, a enfermeira Elysa Quintela, e a médica Daiana Rego Pinto, todas da instituição, debateram “O luto do idoso acerca de si mesmo”.
Finalizando, o “Luto coletivo – os impactos da finitude na equipe multiprofissional” foi discutido pela psicóloga Bianca Araújo, a assistente social da Santa Casa Nossa Senhora da Guia, Thaísa Costa, e a médica da Santa Casa de Maceió, Eliane Rocha.
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