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Santa Casa de Maceió promove mais uma edição do Mutirão Novembro Azul

Durante ação, 40 homens foram atendidos; prevenção secundária auxilia no melhor prognóstico e tratamento

Por Flávia Farias/Ascom Santa Casa de Maceió

A cada ano, o Mutirão do Novembro Azul da Santa Casa de Maceió fideliza seu público-alvo e ganha novos rostos e histórias. Na última terça-feira (13), 40 homens atenderam ao chamado do Serviço de Urologia da instituição para participar de uma palestra e passar por consultas no Centro de Estudos Lourival de Melo Mota, localizado dentro do hospital.

O auditório do Centro de Estudos da Santa Casa de Maceió ficou cheio durante o Mutirão Novembro Azul

Com 12 edições registradas, a iniciativa é comandada pelo urologista Mário Ronalsa, que considera a longevidade da ação uma vitória da conscientização. “A turma que veio para o mutirão é assídua e tenta fazer a prevenção secundária, já que não é possível prevenir fatores genéticos. Caso sejam encontrados tumores iniciais, o prognóstico é melhor e terão um tratamento com êxito. Atendemos 40 homens, dos quais 35 fizeram o exame de toque. Outros saíram com a indicação para a coleta do exame de sangue PSA”, disse o especialista.

Na palestra que antecedeu as consultas, Mário Ronalsa lembrou que o movimento Novembro Azul tem como carro-chefe o câncer de próstata; no entanto, existem outras situações que precisam de atenção, como o câncer de pênis, a incontinência urinária, pedra nos rins e insuficiências relacionadas à ereção que atingem, em algum grau, cerca de 53% dos homens.

Quarenta homens foram atendidos nesta edição: 35 deles fizeram o exame de toque

Entre os homens que aguardavam pela avaliação médica, algumas mulheres acompanhavam os maridos. “A mulher tem uma importância muito grande na urologia. São as mães que levam o bebezinho quando tem algum problema de fimose ou um problema de testículo fora do escroto. São as mesmas mães que se preocupam na fase do crescimento do menino, a respeito do tamanho e calibre do pênis. Também são elas que levam os filhos quando estão prestes a casar para fazer exames pré-nupciais, levam seus maridos que não querem fazer o exame da próstata e acompanham seus pais e avós nas consultas urológicas. Elas têm uma visão diferente da do homem. Raramente vamos encontrar um homem numa sala de atendimento ginecológico”, destacou Ronalsa.

Sônia acompanha o marido há dez anos nas consultas do mutirão da Santa Casa de Maceió

Dona Sônia, 47 anos, é uma dessas milhões de brasileiras que se preocuparam com a saúde dos homens da família. Após acompanhar o tratamento contra um câncer da mãe, ela convenceu o marido de que a prevenção deveria fazer parte de sua rotina.

“Temos que deixar a ignorância de lado e entender que o câncer é doença muito séria. Só sabe quem já teve algum caso na família. Devido a situação da minha mãe, que foi diagnosticada em 2013, entrei em ação para poder cuidar mais da minha família. Quando eu vi que meu marido estava na faixa etária para poder começar a fazer os exames necessários e obrigatórios para que todos os homens tenham uma vida saudável, conversei com ele e ele aceitou”, disse a funcionária de uma brigaderia.

José Carlos dos Santos Pereira tem 60 anos e incentiva outros homens a fazer a prevenção contra o câncer de próstata

Esposo de dona Sônia, José Carlos dos Santos Pereira tem 60 anos e participa do mutirão há dez anos. “Minha profissão de origem é caminhoneiro, tradição que passou de pai para filho. Hoje eu estou aqui na Santa Casa de Maceió prevenindo minha saúde com esse exame de próstata. Vocês, homens, deixem o machismo e a vergonha de lado. Amem a si próprio e a sua família, pois é um exame fácil e simples”, alertou.

NÚMEROS – Estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta que no triênio 2023-2025, o Brasil deve registrar cerca de 71 mil novos casos de câncer de próstata por ano. A previsão equivale a um novo caso a cada 7 minutos, um novo óbito a cada 40 minutos, e cerca de 13 mil mortes anuais.

O urologista Mário Ronalsa alerta para a necessidade do prognóstico; ele auxilia n para

“Vale muito a pena fazer essa avaliação, que é uma profilaxia secundária dos pacientes, tentando minimizar a quantidade de óbitos, pois os números que temos são muito fortes. Na fase inicial, os tumores malignos de próstata não têm sintomas desagradáveis. No entanto, na fase posterior, que é a fase mais avançada, os pacientes metastáticos sofrem muito e a sua família sofre junto, principalmente, a depender do tipo de tratamento, pelas internações consecutivas e o mau prognóstico”, finalizou o urologista Mário Ronalsa.

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