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Falta de diagnóstico ‘esconde’ câncer em AL

Por que Alagoas possui menos pacientes com câncer que o Piauí ou o Rio Grande do Norte, se os três possuem o mesmo perfil populacional: 3 milhões de pessoas? Segundo a oncologista Andrea Albuquerque (foto), do Centro de Oncologia da Santa Casa de Maceió, a resposta está no baixo índice de diagnóstico do câncer em Alagoas.
Segundo dados do Ministério da Saúde, as despesas do Sistema Único de Saúde (SUS) com quimioterapia, em 2007, revelam que Alagoas pode ser: ou uma “ilha” onde as pessoas são imunes ao câncer – o que é improvável – ou, senso comum entre os médicos – não está havendo o diagnóstico da doença.
Os números reunidos junto ao Ministério da Saúde pelo provedor da Santa Casa de Maceió, Humberto Gomes de Melo, revelam que enquanto o Rio Grande do Norte e o Piauí investem em tratamento quimioterápico o montante de R$ 25,23 milhões e R$ 15,46 milhões, respectivamente, Alagoas desembolsa apenas R$ 11,12 milhões. “O bom senso indica que tendo o mesmo número populacional, seria razoável que os três estados apresentassem dados semelhantes”, analisa o provedor.
Quando se avalia a per capita desses estados, os números surpreendem mais ainda, já que colocam Alagoas bem abaixo da média nacional de desembolsos para a quimioterapia. Somando-se o total de despesas apenas com este tipo de tratamento oncológico, a média nacional por habitante fica na casa dos R$ 5,58. Enquanto isso, o Rio Grande do Norte desponta como um dos estados brasileiros que mais acompanha sua população no tocante ao câncer, com impressionantes R$ 8,38 gastos por cada cidadão.
Outros estados estão próximos da média como o Piauí, com R$ 5,10; o Ceará, com R$ 5,57; e o nosso vizinho Pernambuco, com R$ 4,92. Neste cenário, Alagoas está lá embaixo, com apenas R$ 3,66 gastos em quimioterapia por habitante. “Alagoas não pode ser o único estado onde as pessoas se tratam menos de câncer”, acrescentou o provedor.
Na opinião da oncologista Andrea Albuquerque, as causas para a falta de diagnóstico são variadas: dificuldade de acesso ao serviço médico; recusa do paciente em se consultar; falta de campanhas e até falta de profissionais qualificados para fazer o diagnóstico, principalmente na zona rural. “Quanto mais cedo o câncer for identificado maior será a chance de cura”, alertou a especialista.
Ela considera que a média de 75 novos casos por mês registrados no Centro de Oncologia no último quadrimestre é “baixíssima”, o que leva a crer que muitas pessoas estão morrendo por falta de diagnóstico ou informação.

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