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Alimentação rica em fibra ajuda a prevenir a diverticulite

Manter um hábito de vida saudável, com uma alimentação rica em fibras, ajuda a prevenir a diverticulite, doença caracterizada por uma inflamação no divertículo – que é uma bolsinha de mucosa que se forma nos cólons que é a parte do intestino chamado de grosso. De acordo com o médico coloproctologista da Santa Casa, Mário Jucá, o principal sintoma da diverticulite é a dor, que se torna ainda mais intensa no ato da evacuação. Náuseas, vômito e distensão abdominal também são sintomas da doença.

"A diverticulite é uma inflamação no divertículo, que ocorre, principalmente, nos indivíduos que têm dificuldade para evacuar, que possuem constipação intestinal. E uma das causas que a literatura tem apontado mais fortemente para a constipação intestinal e, consequente, para as crises de diverticulite, é o menor aporte de fibra. Nós sabemos que o mundo ocidental, que é onde acontecem mais casos de diverticulite, tem optado por uma alimentação pobre em fibra, os alimentos industrializados, representado com pão, hambúrguer e batatas fritas, que traz pouca fibra", afirma o médico, destacando que estudos já comprovaram que os vegetarianos possuem uma incidência menor da doença.

O diagnóstico da diverticulite é praticamente clínico. Feito após história clínica e o médico palpar o paciente na localização onde as dores são frequentes, próximo à virilha, mas existem exames que podem confirmar o diagnóstico clínico, como a colonoscopia. Há também um exame de contraste, onde é possível visualizar toda a localização dos divertículos nos cólons. A ultrasonografia é o exame indicado para o diagnóstico na fase aguda.

O médico Mário Jucá conta que se o paciente também apresentar febre, calafrios e sensibilidade no abdômen, por exemplo, mostrando que a diverticulite está se complicando, é indicada a realização de uma tomografia computadorizada. Já a cirúrgica é indicada quando a doença apresenta complicações como perfuração, obstrução, hemorragia e intratabilidade clínica.

"Tem gente que tem somente uma crise, que depois não volta mais. Tem gente que tem uma crise a cada dois anos e consegue conviver bem. E tem pessoas que têm uma crise a cada dois, três meses, e isso se torna incompatível com a vida social, com o indivíduo tendo que se ausentar do trabalho e ser hospitalizando diversas vezes ao ano por conta da dor. Isso nós chamamos de intratabilidade clínica", afirma Mário Jucá.

Ao sentir os primeiros sintomas da doença, a recomendação é a de que o paciente mude o hábito alimentar, passando a comer fibra e a ingerir de 1,5 a 2 litros de água diariamente.

"A nossa primeira orientação para quem tem a primeira crise é mudar o hábito alimentar, mas não adianta comer somente fibra insolúvel. Os indivíduos têm que tomar água, muita água. Ela é como se fosse o combustível do intestino. Assim como o carro precisa da gasolina, o organismo precisa da água. Nós só temos bolo fecal se tomarmos bastante água. O ideal é que seja ingerida uma quantidade entre 1,5 e 2 litros por dia", fala o coloproctologista.

Ele também destaca a importância de incluir na alimentação diária ao menos uma a duas colheres de sopa de fibra por dia (15-30g), como farelo de linhaça, farelo de trigo ou granola.

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