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Alerta: 45% dos brasileiros têm ou tiveram disfunção erétil

Urologista William Monteiro

Urologista William Monteiro

Atire a primeira pedra quem nunca teve disfunção sexual! Praticamente todos os homens já tiveram um dos tipos de disfunções relativas ao sexo elencadas pela literatura médica. Pode ser a disfunção ejaculatória, que ocorre em três situações: ejaculação precoce, logo no início do ato sexual; ou quando apresenta pouca quantidade de esperma eliminado ou simplesmente quando o indivíduo não consegue ejacular.
Pode haver também a falta ou o excesso de desejo sexual (libido); a disfunção orgásmica (quando não há orgasmo ou é tardio) ou a mais intrigante delas: a disfunção erétil, que afeta 45% dos homens, segundo pesquisa da psiquiatra e especialista em medicina sexual Carmita Abdo, que entrevistou 3.832 brasileiros em 2003.
A disfunção erétil é a dificuldade de conseguir ou de manter o pênis ereto. Nos jovens, o problema usualmente tem origem psicogênica e pode ocorrer desde a primeira relação sexual. Em adultos, na faixa acima dos 40 anos, geralmente o problema tem origem orgânica, vinculado geralmente ao sistema circulatório (vascular) ou a alterações hormonais.
"É por isso que a literatura médica considera a disfunção erétil vascular como marcador [indicador] de doenças cardiovasculares", disse o urologista da Santa Casa de Maceió, William Monteiro.
Para os jovens, o especialista afirma que a informação sobre a sexualidade é a melhor forma de prevenção. "Informar-se sobre o que é o sexo, as consequências e responsabilidades que envolvem o ato e, sobretudo, planejar a dois o momento certo, ignorando as cobranças dos amigos e da sociedade, são o melhor meio para evitar que a primeira relação seja decepcionante", orientou William Monteiro.
Para os adultos, o especialista lembra que a falta de atividade física, a má alimentação, o diabetes, a hipertensão e problemas hormonais (na tireóide ou na testosterona, por exemplo) são os principais inimigos do homem quando o assunto é disfunção erétil.
Um exame laboratorial simples pode confirmar o diagnóstico, mas são as opções de tratamento que mais chamam a atenção do público leigo.

Tratamento
A primeira opção é a medicação oral que, no jargão médico, é conhecida como drogas vasodilatadoras. No jargão popular, o leigo reconhece pela marca do produto: são os Viagras e Cialis difundidos pela mídia, que mexem com o imaginário popular por, supostamente, garantir a vitalidade dos homens.
Se orientado por médico, o efeito vasodilatador desses medicamentos pode melhorar a disfunção erétil. Entretanto, vários cuidados devem ser adotados, como a realização de avaliação cardíaca prévia. Como a dilatação dos vasos sanguíneos não ocorre apenas na região peniana mas em todo o sistema circulatório, o medicamento pode trazer riscos caso o paciente apresente alguma doença cardíaca grave.
A segunda opção de tratamento é o uso injetável de substâncias diretamente no pênis antes da relação sexual. A desvantagem do método, óbvio, é ter que lançar mão de um procedimento invasivo antes do ato.
Por fim, a última opção apresentada pelos médicos é a prótese peniana. "Trata-se, de fato, do último recurso que utilizamos, quando os dois primeiros se mostram falhos. A explicação é simples: a cirurgia para implante de prótese compromete o tecido peniano responsável pela ereção. Portanto, é um caminho sem volta. Havendo infecção ou rejeição por parte do organismo, é necessário escolher outra prótese para substituí-la", alertou William Monteiro.

Dúvidas
As drogas vasodilatadoras têm efeitos colaterais? Quais?
Sim. As principais são dor de cabeça (em alguns homens a dilatação "abre" as artérias do cérebro, causando sensação de pressão e desconforto), rubor facial, dor de estômago (dispepsia), congestão nasal e, em alguns casos, taquicardia.
Existe alguma contra-indicação?
Tais medicamentos são contra-indicados em pacientes com doença cardíaca que fazem uso de nitratos. Nesses pacientes o uso simultâneo de vasodilatadores e nitratos leva à queda da pressão arterial com alto risco de complicações.
Há comentários de que tomar este tipo medicamento pode causar cegueira?
Quem tem suspeita de retinite pigmentar, doença ocular hereditária e que pode ocasionar cegueira, não deve usar medicamentos orais para ereção pelo maior risco de efeitos colaterais visuais, inclusive cegueira.

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