Hipertensos desconhecem serem portadores da doença
A ação educativa realizada pela Santa Casa de Misericórdia de Maceió (SCMM), no centro de Maceió, sobre Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e outros fatores de risco para doenças do coração, confirmou o que muitos estudos não se cansam de repetir por todo o mundo: por se tratar de uma patologia silenciosa, assintomática, boa parte dos portadores da HAS simplesmente desconhece o problema.
Para se ter uma ideia, o estande montado no centro da cidade recebeu no último sábado (26) nada menos que 484 homens e mulheres, com idades variando entre 18 a 74 anos. Neste grupo, 38% apresentava pressão arterial elevada, o que leva ao diagnóstico de hipertensão. O problema é que metade dos hipertensos entrevistados afirmou que não sabia que tinha a doença.
Articulada pela Gerência de Ensino e Pesquisa, a iniciativa junto à população integrou a série de eventos da campanha nacional realizada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) sobre prevenção e tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica. Neste ano e no próximo, conforme destacou a gerente Maria Alayde Mendonça Rivera, a campanha terá foco prioritário (mas não exclusivo) nos cuidados com o coração da mulher.
A ação educativa da SCMM ocorreu no centro da cidade, em pleno calçadão da Rua do Comércio, com o apoio de estudantes de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e da Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL), integrantes da Liga Acadêmica de Cardiologia Clínica (LACC), sob a coordenação do Prof. Ivan Romero.
No estande a população foi orientada quanto à prevenção das doenças cardiovasculares, em especial à Hipertensão Arterial Sistêmica; foi aferida a pressão arterial e entregue uma cartilha criada pela SBC com as principais orientações sobre a prevenção das doenças do coração.
"A ação foi muito bem aceita pela população. Alguns sugeriram até que abordássemos outros temas em futuras edições do projeto", disse Maria Alayde M. Rivera, que atualmente preside o Departamento de Cardiologia da Mulher da SBC.
A doença
Caracterizada pelo aumento da força com que o sangue flui pelas artérias, a hipertensão arterial faz com que o coração precise se esforçar mais, de forma a bombear todo o sangue necessário. Esse esforço maior que "empurra" o sangue para frente resulta em lesões na parede das artérias, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, insuficiência renal e obstruções nas artérias dos membros inferiores.
Atualmente, a hipertensão atinge em média 30% da população brasileira, sendo responsável por 40% dos infartos, 80% dos casos de AVC e 25% dos casos de insuficiência renal terminal segundo o Ministério da Saúde do Brasil.
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