Avanço da chikungunya no País é tema de debate nesta quinta (19) no 2º Ciclo de Arboviroses
Em 2016, 138 pessoas morreram por chikungunya no Brasil e 251.051 tiveram o diagnóstico confirmado da doença. Em 2015 foram somente seis óbitos e 26.435 casos da doença, segundo o Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti realizado pelo Ministério da Saúde junto a 2514 municípios. A boa notícia é que os casos de dengue e zika se mantiveram estáveis.
Visando preparar médicos e profissionais de saúde para enfrentar o problema, a Santa Casa de Maceió promove nesta quinta (19) o 2º Ciclo de Palestras sobre Arboviroses. O evento ocorrerá às 18h30 no auditório Lourival de Melo Mota do Centro de Estudos da Santa Casa de Maceió.
Para discutir em Maceió a Sociedade Alagoana de Reumatologia convidou as especialistas Flavia Barreto dos Santos (Fundação Osvaldo Cruz) e Aline Ranzolin (Sociedade Brasileira de Reumatologia). A presença das duas pesquisadoras foi articulada pelo presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia Georges Basile Christopoulos e pelo infectologista Celso Tavares.
Com entrada franca, o evento tem vagas limitadas a 100 participantes. O encontro destina-se aos profissionais que atuam em postos de saúde, unidades de emergência, no Programa Saúde da Família etc.
O evento é uma promoção da Sociedade Brasileira de Reumatologia e da Sociedade Alagoana de Reumatologia em parceria com a Gerência de Riscos e Práticas Assistenciais e da Divisão de Ensino e Pesquisa da Santa Casa de Maceió. As inscrições serão realizadas no local.
O evento tem como foco a chikungunya, mas o encontro deve abordar outras doenças transmitidas por mosquitos, as chamadas arboviroses, entre elas a dengue, febre amarela, zika entre outras. Dos 210 arbovírus catalogados pelo Instituto Evandro Chagas no Brasil, pelo menos 37 são capazes de provocar doenças em humanos.
O que é a chikungunya?
A doença transmitida pelo mesmo mosquito da dengue e do zika é uma epidemia de dores nas articulações. Estudos mostram que a chikungunya deixa rastros, metade deles crônicos. O vírus tem uma predileção pelas articulações e causa uma cascata inflamatória no local. Os pacientes, principalmente as mulheres, desenvolvem dores incapacitantes crônicas e não conseguem abotoar uma camisa, pentear o cabelo, sem dores.
O tratamento é feito com analgésicos e anti-inflamatórios. Entretanto, é preciso procurar um médico, porque a doença pode trazer risco de sangramento. Tratamentos não medicamentosos como acupuntura, fisioterapia e compressas podem ajudar a aliviar a dor.
Deixe uma resposta