Informação é a melhor arma para prevenir o câncer de mama
Você já deve ter lido que o câncer de mama é o segundo tipo de neoplasia maligna mais comum em mulheres no Brasil. É também o que mais mata: são 520 mil óbitos por ano no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde. Desse total, informa o Datasus, 16 mil mulheres morreram no Brasil em 2016, o que lotaria um estádio como o Rei Pelé, a maior arena de futebol de Alagoas.
E tem mais: o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que 69.700 novos casos da doença sejam diagnosticados até o final do ano. “A questão é que apenas 1/3 deste total fez mamografia e diagnosticou a doença”, alertou o oncologista e radioterapeuta Marcos Davi Melo.
“Esse dado confirma o que temos registrado na Santa Casa de Maceió: um aumento no número de casos com tumor maligno localmente avançado. Apesar de preocupante, temos conseguido tratar essas pacientes com a quimioterapia neoadjuvante com alto nível de eficácia”, comentou o especialista, lembrando outras ferramentas eficazes como o hipofracionamento, a radioterapia conformacional 3D, o novo acelerador nuclear da Santa Casa de Maceió entre outras”. Para se ter uma ideia, a Santa Casa Rodrigo Ramalho realiza cerca de 1300 mamografias/mês somente pelo SUS.
Mas, como é possível antecipar-se ao câncer de mama e fugir das estatísticas que cercam a doença?
A oncologista Andrea Albuquerque resumiu o melhor caminho: “Se não tem histórico da doença na família, ao completar 40 anos consulte seu médico e, em concordância com ele, comece a fazer a mamografia da mama anualmente”, orienta a oncologista. E prossegue: “Se algum parente de primeiro grau tiver tido câncer (irmão ou pais, por exemplo), é preciso fazer a mamografia dez anos antes do surgimento do caso”.
Como o câncer de mama não possui um único fator de risco, especialistas como o mastologista Frederico Rocha afirma que a prevenção passa por tentar mudar hábitos de vida. São orientações que previnem não somente o câncer de mama, como também outras neoplasias e doenças crônicas como o diabetes, hipertensão arterial, doenças cerebrovasculares etc. A lista de mudança de hábitos é simples: atividade física e alimentação saudável.
A oncologista Andrea Albuquerque lembra também a questão da reposição hormonal em mulheres na menopausa. “O seu médico deverá avaliar o custo-benefício desta terapia, principalmente quando há histórico da doença na família”, arrematou a especialista.
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