Santa Casa de Misericórdia de Maceió celebra 168 anos
Nos últimos 168 anos, o Brasil e o mundo passaram por uma evolução. De lá para cá, a TV foi criada, o homem foi à lua, a cura de algumas doenças foi descoberta, corações e outros órgãos podem ser transplantados. Também já é possível atravessar o Atlântico em poucas horas, dentro de um avião, ou conhecer o mundo com alguns cliques na internet. A Santa Casa de Misericórdia de Maceió acompanhou esses processos e também foi tomando novas formas para seguir com sua missão de cuidar de quem a procura.
Fundada em 7 de setembro de 1851 pelo cônego João Barbosa Cordeiro, na época pároco da capital alagoana, a instituição tornou-se exemplo no cenário nacional por seus investimentos na segurança e na excelência da assistência ao paciente. “Vejo na Santa Casa de Misericórdia de Maceió que os valores da fé católica foram importantes para construir algo como este hospital, que presta um bem tão imenso à todas as pessoas que necessitam de tratamento de saúde”, disse o capelão da instituição, padre Cícero Lenisvaldo.
Para o provedor da Santa Casa de Maceió, Humberto Gomes de Melo, comemorar 168 anos é uma alegria para todos os que estão à frente da administração do complexo hospitalar. “Somos uma das instituições mais antigas de Alagoas e que teve um crescimento grande nos últimos anos. Contamos com mais de três mil colaboradores, mais de 600 médicos atuando como profissionais autônomos dentro da instituição, com atendimento não só de planos de saúde, mas, principalmente, sendo o hospital que mais atende pacientes do SUS no estado, considerando todo o complexo Santa Casa. Este crescimento deveu-se a qualificação dos nossos colaboradores que têm, cada vez mais, caminhado dentro do processo de qualidade. É por esta razão que somos hoje o único hospital do estado com Acreditação de excelência, da Organização Nacional de Acreditação (ONA), e a única instituição do estado com Acreditação internacional”, disse.
Para fortalecer sua assistência, ao longo das décadas, a instituição também se notabilizou por adotar práticas gerenciais que a tornaram referência em sustentabilidade financeira em meio ao cenário de crise enfrentado atualmente pelas Santas Casas de todo o país. Igualmente, vem atraindo a atenção da mídia por estar em contínuo processo de modernização e de expansão de sua infraestrutura física, logística e tecnológica, mas mantendo o equilíbrio entre receitas, despesas e investimentos.
Equilíbrio financeiro é uma das marcas da instituição
O diretor médico da instituição, Artur Gomes Neto, acompanhou parte da evolução da Santa Casa de Maceió. “Entrei na Santa Casa de Maceió em 1981, como estudante. Era um hospital antigo, dedicado a pacientes do SUS, mas bem longe da modernidade que existe agora. A instituição não tinha a percepção de assistência que tem hoje, mas teve que crescer e acompanhar a modernização da tecnologia e do atendimento com a humanização”, destacou.
Para ele, além de ter crescido do ponto de vista físico, a Santa Casa de Maceió cresceu muito mais na assistência com qualidade e tecnologia. “Hoje, somos um hospital comparável a qualquer outro do Brasil. O que se faz aqui, também se faz lá fora. A diferença é mínima. Realizamos todo tipo de cirurgia oncológica, atendendo 60% dos doentes de câncer da primeira região, bem como 40% dos pacientes do estado de Alagoas”, destacou Artur Gomes Neto.
Dentro do seu processo de expansão foram inauguradas novas unidades externas e internas de atendimento que resultaram na ampliação de serviços e de leitos para o SUS, como: o Hospital Nossa Senhora da Guia; Unidade Oncológica Professor Rodrigo Ramalho; Unidade Cônego João Barbosa Cordeiro; Santa Casa Poço; Centro de Oncologia e Hematologia Lourival Nunes da Costa; Centro Cirúrgico Euclides Ferreira; Centro Médico Dr. Duílio Marsiglia; e a ala de oncologia pediátrica da Santa Casa Farol com 11 leitos para pacientes do SUS.
Destinados a convênios e particulares, a Santa Casa de Maceió investiu na Santa Casa Farol, na Unidade João Fireman, na Emergência 24 Horas, na Emergência Ortopédica, e na Santa Casa Hiperbárica.
Com estrutura pavilhonar, a Santa Casa se concentrava, basicamente, em um quarteirão no Centro. “Quando iniciamos o trabalho, há 15/16 anos, havia uma dificuldade muito grande na circulação das pessoas dentro do hospital. Fizemos um plano diretor que começou a interligar os blocos para a segurança dos pacientes. Hoje temos mais de 450 leitos, todos passando por um processo de modernização, e várias unidades externas. Já contamos com mais de 35 mil metros quadrados de área construída”, disse Carlos André de Mendonça Melo, superintendente de Infraestrutura e Engenharia.
O diretor administrativo-financeiro, Dácio Guimarães, reforçou que a Santa Casa de Maceió é o melhor hospital em infraestrutura e qualidade de serviço no estado. “Conseguimos ter um avanço, em todas as áreas, compatível com às melhores referências nacionais. A instituição é sempre destaque pela sua solidez financeira, já que que consegue manter equilíbrio financeiro ao longo dos anos, o que nos permite fazer os investimentos, em sua maioria, com recursos próprios, na ampliação estrutural e acadêmica”, finalizou.
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