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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou esta semana que crianças com menos de um ano de idade não consumam mel. A orientação visa prevenir a ingestão de esporos da bactéria Clostridium botulinum, bacilo responsável pela transmissão do botulismo intestinal.
Segundo a nutricionista da Santa Casa de Maceió, Vanessa Freitas, a recomendação da Anvisa não é nova, já que o produto, devido as suas características naturais, pode esconder bactérias nocivas ao sistema imunológico de recém-nascidos.
O alerta da Anvisa, entretanto, dará maior visibilidade à preocupação dos nutricionistas e, com o apoio da mídia, deve chegar ao conhecimento de uma parcela maior da população. Ainda segundo Vanessa, não existem restrições ao consumo de mel por crianças com mais de um ano de idade e adultos sem problemas de saúde relacionados à flora intestinal.
Apesar de não haver confirmação de casos da doença no Brasil, a atuação da Anvisa está fundamentada em publicações oficiais da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (como, por exemplo o Manual Integrado de Vigilância Epidemiológica do Botulismo) e publicações científicas sobre contaminação do mel brasileiro com Clostridium botulinum.
Resultados de pesquisas apontam que 7% das 100 amostras de mel comercializadas por ambulantes, mercados e feiras livres, em seis estados brasileiros, estavam contaminadas com o bacilo.