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Alagoano que recebeu segundo coração tem alta da Santa Casa de Maceió

Gilberto Ramalho comemora vida nova ao lado dos filhos

Gilberto Ramalho comemora vida nova ao lado dos filhos

O escriturário aposentado Gilberto Ramalho Xavier, 63, alagoano que recebeu um segundo coração em transplante realizado na Santa Casa de Maceió, recebeu alta nesta quinta-feira após 30 dias de internação e um ano e sete meses de espera por um doador.
Submetido a uma complexa intervenção cirúrgica, liderada pelo cardiologista José Wanderley Neto, o paciente teve uma rápida recuperação, sem sinais de rejeição e comprovando o êxito do transplante, avaliou o cardiologista de plantão na UTI Cardíaca, Mário Martiniano. Ele mostrou-se surpreso com o rápido progresso do quadro clínico do paciente.
Perguntado sobre o que gostaria de fazer ao receber alta, Gilberto Ramalho abriu um belo sorriso e disse: “Quero abraçar minha neta, Sara, de seis meses, e minha mãe, Alice (89 anos), que tanto torceu por mim”.
Convivendo agora com dois corações, Gilberto Ramalho relembra o dia em que foi informado de um possível doador. A expectativa de uma vida nova logo se transformou em decepção, quando a família não autorizou o transplante. “As famílias devem pensar melhor. A doação não vai causar uma dor maior, mas vai salvar uma vida. Hoje, todos de minha família são doadores porque sabem que a perda de um ente querido pode ser a chance de salvar uma vida”, disse o aposentado.
Elogiando o tratamento recebido no hospital, Gilberto Ramalho mandou uma mensagem para as mais de 56 mil pessoas que, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), esperam pela doação de um órgão no Brasil: “Tenham tanta fé ou mais do que eu tive”, resumiu.
Apesar de não dispor de dados sobre o índice de mortalidade, a ABTO contabiliza o ingresso anual de cerca de 13 mil pessoas na fila do transplante no Brasil. Enquanto isso, nos Estados Unidos cerca de 17 pessoas morrem diariamente esperando um transplante. Segundo dados da United Network for Organ Sharing – órgão que controla o sistema de transplantes – nos EUA existem 80 mil pessoas na lista de espera, esperança que pode demorar entre dois e seis anos para se tornar realidade.
Para pacientes como Gilberto Ramalho, que hoje gozam de vida nova, a sobrevida nos transplantes de coração tem bons índices. Segundo Jarbas Dinkhuysen, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, 78% chegam a dois anos; 70%, a cinco anos e 54% a dez anos. Para esclarecer suas dúvidas consultamos o portal www.doevida.org.br e reunimos abaixo as principais dúvidas sobre o tema.

Fonte: Assessoria de Comunicação – Santa Casa de Maceió

O QUE É TRANSPLANTE?
Transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na troca de um órgão (coração, rim, pulmão e outros) de um paciente doente (Receptor) por outro órgão normal de alguém que morreu (Doador). Os transplantes intervivos são realizados com menos freqüência.
Os transplantes são realizados, somente quando outras terapias já não dão mais resultados. Para alguns, portanto, é o único tratamento possível que possibilite continuar vivendo.

• O QUE É DOAÇÃO DE ORGÃOS E TECIDOS?
A doação de órgãos é um ato pelo qual você manifesta a vontade de que, a partir do momento de sua morte, uma ou mais partes do seu corpo (órgãos ou tecidos), em condições de serem aproveitadas para transplante, possam ajudar outras pessoas.

• QUEM PODE SER DOADOR DE ÓRGÃOS E TECIDOS?
Cerca de 1% de todas as pessoas que morrem são doadores em potencial. Entretanto, a doação pressupõe certas circunstâncias especiais que permitam a preservação do corpo para o adequado aproveitamento dos órgãos para doação.
É possível também a doação entre vivos no caso de órgãos duplos. É possível a doação entre parentes de órgãos como o Rim, por exemplo. No caso do Fígado, também é possível o transplante intervivos. Neste caso apenas uma parte do Fígado do doador é transplantada para o receptor. Este tipo de transplante é possível por causa da particular qualidade do Fígado de se regenerar, voltando ao tamanho normal em dois ou três meses. No caso da doação intervivos, é necessária uma autorização especial e diferente do caso de doador cadáver.
Não existe limite de idade para a doação de córneas. Para os demais órgãos, a idade e história médica são consideradas.

• QUEM NÃO PODE SER DOADOR DE ÓRGÃOS E TECIDOS?
Não podem ser considerados doadores pessoas portadoras de doenças infecciosas incuráveis, câncer ou doenças que pela sua evolução tenham comprometido o estado do órgão. Os portadores de neoplasias primárias do sistema nervoso central podem ser doadores de órgãos. Também não podem ser doadores: pessoas sem documentos de identidade e menores de 21 anos sem a expressa autorização dos responsáveis.

• QUAIS ÓRGÃOS E TECIDOS PODEM SER DOADOS?
Entre os órgãos que podem ser doados estão: o coração, rins, pâncreas, pulmões, fígado e intestinos. Os tecidos que podem ser doados são: olhos, peles, ossos, válvulas do coração e tendões.

• QUANDO PODEMOS DOAR?
A doação de órgãos como Rim e parte do Fígado pode ser feita em vida. Mas em geral nos tornamos doadores quando ocorre a MORTE ENCEFÁLICA. Tipicamente são pessoas que sofreram um acidente que provocou um dano na cabeça (acidente com carro, moto, quedas, etc).

• COMO DEVO EXPRESSAR MEU DESEJO DE SER UM DOADOR DE ÓRGÃOS?
É fundamental comunicar à família esta decisão e deixar claro seu desejo em ser doador. Isto porque a família é sempre consultada no momento da doação.

• COMO SER DOADOR NO MOMENTO DE ÓBITO DE UM FAMILIAR?
Um dos membros da família pode manifestar o desejo de doar os órgãos ao médico que atendeu o familiar, ou à administração do hospital, ou ainda, entrar em contato com uma Central de Transplantes que tomará as providências necessárias. Se a sua família quer mesmo adotar esta atitude de doação, aconselha-se que insista com a equipe médica do hospital para que as providências sejam tomadas. A família não paga pelos procedimentos de manutenção do potencial doador. Existem coberturas do SUS para este procedimento.

• QUERO SER DOADOR (A), A MINHA RELIGIÃO PERMITE?
Todas as religiões encorajam a doação de órgãos e tecidos como uma atitude de preservação da vida e um ato caridoso de amor ao próximo. A maioria das religiões, contudo, consideram este ato uma decisão individual de seus seguidores. As Testemunhas de Jeová, para quem a transfusão de sangue, por exemplo, não é admissível, a doação de órgãos e tecidos “limpos” de sangue é permitida.

• QUEM PRECISA DE UM TRANSPLANTE?
Quase todas as doenças que levam a uma situação de falência completa de um órgão ou de um tecido e quando as terapias médicas ou cirúrgicas convencionais já não são mais eficazes, têm como última alternativa de tratamento um transplante. Para muitos, o transplante significa literalmente o renascimento. Para outros, a possibilidade do retorno a uma vida normal. Já é uma rotina na prática de muitos hospitais em diversas partes do mundo, mas guarda o aspecto de ser o único tratamento médico que depende da população em geral para ser operacionalizado.

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