Notícias

Confira as últimas notícias e novidades

Recomendações sobre bactéria foram adotadas na Santa Casa em 2009

Profissional de enfermagem higieniza mãos antes atender paciente

Profissional de enfermagem higieniza mãos antes atender paciente

Ela é conhecida como KPC. Tem um nome difícil de pronunciar (Klebsiella pneumoniae carbapenemase) mas ganhou as manchetes dos jornais ao ser alçada à condição de “superbactéria”. Na verdade, a Klebsiella pneumoniae (KP) nada mais é do que uma bactéria que habita normalmente o trato gastrointestinal do ser humano. Já a carbapenemase (a letra C da sigla KPC) é uma enzima, desenvolvida pela própria bactéria, que vem resistindo a todos os tipos de medicamentos disponíveis.
A bactéria KP “aprendeu” a se defender dos antibióticos graças ao consumo desenfreado de medicamentos em todo o País. Conforme esclarece a médica Tereza Tenório, gerente de Riscos e Assistencial da Santa Casa de Maceió, o surgimento de superbactérias obedece a seguinte lógica: projetado para atacar determinadas bactérias, o antibiótico elemina o alvo para o qual foi criado, mas acaba sendo assimilado por outras existentes no trato intestinal, deixando-as imunes a futuros ataques. “A KPC pode trazer riscos, sobretudo, para pacientes com sistema imunológico comprometido”, acrescentou a especialista.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre 2009 e 2010 foram registrados casos nos hospitais do Espírito Santo (3); Goiás (4); Minas Gerais (12); Santa Catarina (3); Distrito Federal (157) e São Paulo (70). Em Alagoas não há confirmação de infecções pela KPC até o momento. O primeiro registro da enzima no Brasil foi em 2005, em Recife (PE), cidade onde ocorreu o último óbito creditado à bactéria.
No caso da KPC a transmissão ocorre essencialmente por meio do contato físico, principalmente através das mãos contaminadas. Por isso, a melhor forma de prevenção para profissionais de saúde, visitantes e acompanhantes é a higienização das mãos com alcool gel ou água e sabão antes e após contato com o paciente. Esta recomendação da Anvisa foi implementada na Santa Casa de Maceió em 2009 por meio do projeto “Operação Mãos Limpas”, reforçando as ações de prevenção de infecções relacionadas à assistência.
Dentre do projeto, foram afixados quadros com fotos de colaboradores da instituição incentivando à prática rotineira de higienização das mãos. Minicartazes também foram afixados estrategicamente nas portas de enfermarias e apartamentos com esta recomendação.
Autora de um artigo publicado no início da década, Tereza Tenório já alertava para o fortalecimento das bactérias a partir do uso abusivo de antibióticos em hospitais e principalmente na comunidade com a compra sem receita médica. Em virtude deste posicionamento, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da Santa Casa de Maceió implantou desde 1993 uma série de procedimentos, incluindo protocolos para o uso racional de antibióticos, que reduziu para 2% o índice de infecção no complexo hospitalar.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Por favor, escolha a área que deseja conversar para que possamos lhe atender.
//
Consultas e Exames
Fale com nossos atendentes
Marcação de Consultas e Exames