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Câncer de mama cresce entre mulheres acima de 35 anos

A Santa Casa de Misericórdia de Maceió tem como prioridade assistencial o tratamento do câncer, sendo classificada pelo Ministério da Saúde como Centro da Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) com Oncologia Pediátrica. Trata-se da graduação máxima, conferida pelo Ministério da Saúde, na classificação de entidades que combatem o câncer no Brasil.
Nesse contexto, o câncer de mama figura entre as linhas de prioridade assistenciais do Cacon da Santa Casa, haja vista que se trata da neoplasia que mais acomete e causa óbitos em mulheres no Brasil e no mundo.
“O Registro Hospitalar de Câncer (RHC) foi implantado há 12 anos e é a única fonte de informações reconhecida oficialmente pelo Ministério da Saúde sobre o atendimento hospitalar em câncer em Alagoas”, explicou o oncologista Marcos Davi.
Nos últimos dez anos, de 2003 a 2013, o RHC registrou 2.461 atendimentos de casos de câncer de mama, sendo que a grande maioria eram mulheres – 2.435 casos (98,9%) – e apenas 26 eram homens (1,1% dos casos), o que está de acordo com a literatura médica mundial.
Registre-se que 631 desses casos, aproximadamente 25% do total, referem-se a mulheres abaixo de 44 anos, sendo que 150 deles (cerca de 6,5% do total) foram mulheres abaixo dos 34 anos, o que também está de acordo com a literatura médica internacional. A faixa etária mais acometida é a que vai de 45 à 54 anos, com 740 casos, o que está de acordo com a literatura médica mundial.
Essa incidência em mulheres cada vez mais jovens mostra que é preciso redobrar os cuidados neste faixa do público feminino que tenham qualquer queixa relativa às suas mamas, aprofundando e aprimorando as investigações no sentido de se chegar a um diagnóstico mais acurado. Também devem ser redobrados os cuidados com aquelas mulheres que são portadoras de fatores de risco, como a herança genética (parentes próximos com a doença).
A Santa Casa de Maceió é a única instituição alagoana a disponibilizar aos pacientes portadores de câncer toda a linha de cuidados oncológicos, incluindo diagnóstico precoce, tratamentos cirúrgico, quimioterápico e radioterápico, além do apoio de fisioterapia, psicologia, assistência social, enfermagem especializada, fonoaudiologia, terapia ocupacional, odontologia e grupos de voluntárias, como a Rede Feminina de Combate ao Câncer.
O Cacon da Santa Casa de Maceió também é o único do Estado a dispor de uma unidade especializada em cuidados paliativos destinada a pacientes que não mais respondem ao tratamento. “A implantação da unidade Cônego João Barbosa Cordeiro mostra que a humanização no atendimento aos pacientes oncoloógicos é uma prioridade institucional”, disse Marcos Davi.
Paralelo a tudo isso – visando uma assistência mais efetiva, mais ágil e mais humana, a Santa Casa de Maceió, os gestores municipal e estadual além de ONGs, como o Grupo Renascer, mantém um trabalho contínuo de ações de prevenção à doença mas, sobretudo, que facilitem o acesso da população ao diagnóstico precoce e aos tratamentos disponíveis.

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