Palestra nesta segunda (5) alerta idosos sobre a degeneração macular
Um dos grandes fantasmas que rondam a vida perto dos 60 anos é a catarata. Mas, existe outra doença, ainda mais grave nesta faixa etária, que é pouco discutida pela mídia. É a degeneração macular, um desgaste natural de uma membrana do fundo do olho. Este, inclusive, é o tema desta segunda (5) do Grupo de Envelhecimento Ativo da Santa Casa de Maceió (Geasc). O encontro é realizado todas as segundas, às 14 horas, no Centro de Estudos Professor Lourival de Melo Mota.
Segundo o oftalmologista Ricardo Watmabe, palestrante convidado do Geasc, enquanto a catarata pode ser corrigida com uma simples cirurgia, a degeneração macular não tem cura.
Visão borrada, pontos luminosos, manchas no centro da visão, diminuição da sensibilidade aos contrastes de luz, dificuldade de adaptação ao escuro, linhas distorcidas e tortuosas e necessidade de iluminação mais intensa para ler são alguns dos sinais da degeneração macular.
Segundo Watmabe a prevenção deve começar cedo. “Quem já passou dos 50 deve procurar um oftalmologista ao menos uma vez por ano para que a doença seja descoberta ainda no início”, orienta.
A prevenção é realizada através do exame de fundo do olho, onde o médico observa possíveis alterações na retina. Trata-se de uma camada de células nervosas, que funciona como um filme de uma máquina fotográfica: recebe as imagens captadas e as “revela” para o cérebro. No ponto mais central da retina fica a mácula, responsável pela visão detalhada, bem nítida e colorida.
“À medida que envelhecemos a retina vai sofrendo um desgaste natural. Em algumas pessoas este desgaste chega até a mácula”, explicou.
Ainda não se sabe qual a origem da doença, mas os fatores de risco para desenvolvê-la são: predisposição genética; exposição à luz solar, em especial, aos raios ultravioleta; hipertensão; obesidade; ingestão de grandes quantidades de gorduras vegetais e dietas pobres em frutas, verduras e zinco. Fumantes ativos e passivos também estão mais sujeitos a manifestar essa alteração.
Apesar de ser irreversível, a degeneração tem tratamento e é possível evitar uma perda maior da visão. Além disso, existem também recursos tecnológicos que melhoram muito a qualidade de vida do paciente.
Geasc
O Grupo de Envelhecimento Ativo reúne pessoas de qualquer faixa etária que tenham interesse em viver com qualidade de vida ou preparar-se para a fase da vida após os 60 anos. O projeto é coordenado pelo professor Geraldo Liberal e inspirado pela geriatra Helen Arruda com o apoio de profissionais de diversas áreas e setores da instituição. Os encontros ocorrem sempre às segundas no Centro de Estudos Professor Lourival de Melo Mota.
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