Japoneses aperfeiçoaram técnica, realizada na Santa Casa de Maceió, que favorece idosos
Imagine manusear dois fios da espessura de um fio de cabelo e introduzi-los no organismo por meio de duas incisões na virilha. Depois você precisará guiá-los através do complexo túnel de vasos sanguíneos até chegar no coração. E olhe que essa é a parte mais fácil.
O mais desafiante vem a seguir. Por meio de um monitor, que reproduz imagens geradas por raios-x, a missão é tentar desobstruir uma artéria coronariana localizada na parede de um dos músculos cardíacos.
Para complicar mais ainda a missão você terá pela frente uma placa de gordura, que se solidificou há anos e vem prejudicando o funcionamento do coração. Você terá de atuar nos dois lados da artéria.
Agora, o maior desafio: fazer todo esse trabalho sem perfurar o vaso sanguíneo, o que levaria a uma hemorragia interna e levaria o paciente a óbito.
Conseguindo perfurar a placa de gordura, o último passo é instalar um “stent” (espécie de mola expansível) para evitar sua oclusão novamente.
Esse é o trabalho nada fácil realizado pela Cardiogologia Intervencionista e que foi desenvolvido e aperfeiçoado no Japão.
O cardiologista Evandro Martins Filho relata que os japoneses acreditam que a alma de uma pessoa parte quando seu peito é aberto, portanto, cirurgias são evitadas ao máximo. Daí a busca por métodos alternativos capazes de remover obstruções cardíacas sem a necessidade de cirurgia.
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