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Pandemia pode aumentar ansiedade e saúde mental precisa de atenção

A chegada do novo coronavírus (Covid-19) mudou a rotina pelo mundo. Ruas vazias. Lojas, escolas e cinemas fechados. O serviço público e muitas empresas com um novo modelo de trabalho para o atendimento que, antes presencial, agora é feito por telesserviço. Nos restaurantes, só por delivery ou Pague e Leve. Nada de visitar amigos, abraçar ou beijar quem se gosta. Mas o pior foi destinado aos idosos: além de não sair de casa, a recomendação é não receber visitas, principalmente dos netos.

O distanciamento social é recomendado pela Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde. Em Alagoas, o Governo do Estado, a Prefeitura de Maceió e instituições como a Santa Casa de Maceió decretaram medidas de isolamento para combater o avanço da doença que já contaminou quase 30 mil pessoas no Brasil e tirou a vida de mais de 1700. Os números não são animadores, mas mostram que o isolamento pode ser eficaz para diminuir a transmissão comunitária.

Mas como fica o lado emocional de quem tenta evitar a contaminação? Ou daqueles que estão doentes ou com algum parente infectado? E os profissionais de saúde que atuam na linha de frente da assistência. Eles estão emocionalmente preparados para a missão? Um processo terapêutico pode ser um grande aliado para o momento atual.

Thaysa Alencar, coordenadora do Serviço de Psicologia da Santa Casa de Maceió

“Estamos nos deparando com algo muito inesperado, uma pandemia. Isso afeta de diferentes formas o cotidiano dos indivíduos, pois abala questões como estabilidade financeira, segurança e de conforto sobre algo tão cômodo e conhecido por nós, como a nossa rotina. Essa situação pode desencadear algumas angustias, inseguranças, medos, ansiedade, já que a luta é contra algo invisível e que pode ser bem agressivo. Cuidar da sua espiritualidade, focar em atividades restauradoras, como exercícios físicos, ou mesmo assistir filmes ou uma programação de entretenimento na internet, pode ajudar. É precisa manter a esperança para uma melhora de vida”, disse a psicóloga Thaysa Alencar, coordenadora do Serviço de Psicologia da Santa Casa de Maceió.

Profissionais de saúde e público em geral devem buscar estratégias para a nova rotina

A instituição implantou um espaço virtual de escuta terapêutica, voltado, inicialmente, para alguns setores do hospital com a proposta de ampliação para os demais. “Desde 2018, com a resolução nº 11 do Conselho de Psicologia, regulamenta a prestação de serviços psicológicos realizados por meios de tecnologia de comunicação e de informação, preconizando as recomendações do código de ética. Desta forma, facilitou que estes profissionais da linha de frente tenham acesso aos psicólogos em situações que se percebam emocionalmente fragilizados para lidar ou continuar lidando com a sua função. O formato atual não inviabiliza um contato físico, com o seguimento das orientações cabíveis”, explicou a especialista.

Hospital dispõe de escuta virtual terapêutico para seus profissionais da saúde

Para o público em geral, a psicóloga também recomenda a busca por espaços terapêuticos de escuta e de fala para lidar com o misto de emoções causado pelas incertezas do novo coronavírus “Muitos psicólogos têm migrado sessões de terapia de seus consultórios presenciais para o online. A ferramenta é muito oportuna neste momento e deve ser buscada. O uso da tecnologia de comunicação, aliás, pode minimizar o sentimento de abandono ou rejeição que algumas pessoas têm sentido. Conversar com familiares e amigos é muito positivo, pois é uma forma de se conectar com quem amamos, aliviando o estresse causado pelo distanciamento social”, completou.

Crianças precisam de atenção especial durante restrições da pandemia

A Organização Mundial da Saúde publicou orientações para preservar o bem-estar durante a pandemia. Entre elas, está a orientação das crianças para ensiná-las a lidar com as emoções. De acordo com especialistas, os pequenos precisam ficar cientes do que está acontecendo, especialmente se há alguém infectado em casa, pois quando percebem que os pais estão estressados e ansiosos, acabam reproduzindo esse comportamento e buscam mais apego ou são mais exigentes com os adultos.

Na impossibilidade de um espaço de escuta e fala, a indicação é investir em outras possibilidades para enfrentar a pandemia e cuidar da saúde mental:

# Estabelecer uma rotina que lhe ofereça segurança;

# Limitar e filtrar as informações disponibilizadas;

# Cuidar de sua espiritualidade, se aproximando de sua crença religiosa;

# Procurar atividades restauradoras que possam desfocar um pouco da pandemia;

# Tentar seguir as recomendações de proteção e prevenção para se sentir seguro;

# Manter-se esperançoso e com uma perspectiva;

# Utilizar os recursos tecnológicos para diminuir o distanciamento das pessoas.

 

 

 

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