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Consulta ao Datasus revela que no primeiro semestre de 2011 a Santa Casa de Maceió foi responsável por 66,4% das internações clínicas de pacientes com câncer, o que equivale a 813 internações de um total de 1.314 verificadas nos 21 hospitais alagoanos.
Comparando a produção da Santa Casa com a dos demais hospitais que prestam atendimento a pacientes com câncer em Alagoas, a instituição internou entre janeiro e junho deste ano 815% mais que o Hospital do Açúcar; 1.091% mais que o Hospital Universitário; e 759% mais que o Hospital Afra Barbosa, de Arapiraca (AL).
Conforme frisou o provedor Humberto Gomes de Melo, os números provam que a Santa Casa de Maceió é a instituição que mais interna e que mais investe no atendimento oncológico aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O problema é que os recursos financeiros repartidos com os demais hospitais da rede são desproporcionais. “A Santa Casa de Maceió recebe bem menos recursos que os demais hospitais quando comparamos a quantidade de atendimentos que realizamos”, frisou. Outro dado que o executivo faz questão de ressaltar é que se os hospitais filantrópicos deixassem de atender hoje, o Estado não conseguiria suprir a demanda da população.
O mesmo cenário se aplica aos demais atendimentos: quimioterapia, radioterapia e internações cirúrgicas (ver gráficos abaixo).
Para se ter uma ideia, foram internados na Santa Casa de Maceió 104 pacientes para cirurgia oncológica, bem mais que o Hospital Universitário, que internou 76 pacientes.
Analisando os dados sobre a quimioterapia na rede vinculada ao SUS, os números também impressionam. Enquanto o Hospital Universitário e o Afra Barbosa realizaram 1.632 e 1.568 sessões quimioterápicas, respectivamente, a Santa Casa de Maceió registrou sete vezes mais, chegando a 7.563 sessões de um total de 10.900. Quanto à radioterapia, a Santa Casa realizou quase 36 mil sessões contra as 11,5 mil do Hospital Universitário.