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Técnica reduz custos e torna acessível ao SUS a moderna cirurgia torácica por vídeo

Microcâmeras e cateteres utilizados na moderna cirurgia vídeo assistida

Microcâmeras e cateteres utilizados na moderna cirurgia vídeo assistida

O cirurgião torácico Artur Gomes Neto empregou uma técnica que reduzirá os custos da moderna cirurgia de pulmão por vídeo, tornando o procedimento acessível para pacientes do SUS e de convênios.
O principal problema da cirurgia torácica vídeo assistida ainda é o custo. Só os grampeadores usados na suturas e amarrações encarecem o procedimento em cerca de 8 mil reais, o que assusta as operadoras de planos de saúde e torna inacessível aos pacientes do SUS.
O objeto da pesquisa de Artur Gomes Neto, que é diretor médico da Santa Casa de Maceió, é justamente substituir os grampos. Para tanto, o especialista empregou uma técnica de sutura que utiliza o instrumental e materiais usados comumente em centros cirúrgicos, dispensando assim os caros grampeadores importados.
Três pacientes – dois com bronquiectasias e outro com câncer – se beneficiaram com a técnica e apresentaram excelentes resultados no pós-operatório. O próximo passo será ampliar o número de intervenções para, em seguida, apresentar o resultado à comunidade científica. “Esse trabalho atrairá a atenção principalmente dos especialistas brasileiros em cirurgia torácica, já que em países desenvolvidos os grampeadores não são caros”, disse Artur Gomes.
Menos dor
Os benefícios da cirurgia torácica vídeo assistida são inúmeros quando comparamos à intervenção tradicional, conhecida como cirurgia aberta. Na intervenção por vídeo são realizados dois furos e uma pequena incisão na região torácica, por onde o médico introduz uma microcâmera (ótica) e pinças.
“O principal benefício para o paciente é a redução da dor e do desconforto no pós-operatório, já que na cirurgia aberta precisamos realizar uma grande incisão e afastar estruturas ósseas e musculares para chegar até o pulmão”, relata Artur Gomes Neto, lembrando que o paciente pode levar até quatro meses para se recuperar.
Ao se evitar a cirurgia aberta, reduz-se o risco de infecções oportunistas, o tempo e os custos da intervenção e da internação hospitalar e elimina-se as inevitáveis marcas das incisões que desagradam tanto homens e mulheres.
No universo da cirurgia torácica por vídeo, a Santa Casa de Maceió vem realizando este procedimento desde 1998 em pacientes com sudorese excessiva (simpatectomia), com alguns tumores do mediastino, em biópsias pulmonares e de linfonodos mediastinais entre outros.
Aa cirurgias de grande porte ocorreram recentemente, iniciando com a lobectomia e a timectomia para miastenia grave. Cinco pacientes portadores desta doença neuromuscular já foram beneficiados com o procedimento. “O importante é que toda esta tecnologia esteja acessível aos pacientes do SUS”, finalizou Artur Gomes Neto.

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