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ARTIGO: Osteoporose – Essa conhecida desconhecida

Thaís Mendonça, endocrinologista da Santa Casa de Maceió e professora de endocrinologia da UFAL

Thaís Mendonça, endocrinologista da Santa Casa de Maceió e professora de endocrinologia da UFAL

Thaís Mendonça (*)

A osteoporose é uma doença caracterizada por diminuição da massa óssea e deterioração da microarquitetura do osso, levando a um aumento da fragilidade óssea e consequentemente maior risco de fraturas.
É o distúrbio osteometabólico mais comum, é um importante problema de saúde pública. Ela acomete 17% das mulheres na pós menopausa e 30% nas mulheres acima de 65 anos. Os homens nessa idade podem também apresentar osteoporose em cerca de 20%. A principal causa de morbidade e mortalidade da osteoporose é a fratura, principalmente a de colo do fêmur.
Existem alguns fatores de risco para o desenvolvimento da osteoporose como ser do sexo feminino, ter idade avançada, ser branca, estar abaixo do peso, ter uma história familiar de osteoporose, ter tido uma fratura prévia, ser fumante, entrar em menopausa precoce, apresentar amenorreia (falta de menstruação) por um tempo prolongado e usar constantemente corticoides. Tudo isso deve servir de alerta para que se procure um endocrinologista e que seja realizado o diagnóstico precoce.
Podemos reduzir a perda óssea com uma alimentação saudável rica em cálcio, evitando-se o sedentarismo, o uso excessivo de cafeina e álcool e a prática regular de atividade física.
Apesar da osteoporose ser uma doença de idosos, é importante lembrar que as medidas para garantir uma boa saúde devem começar na infância.
O tratamento mais adequado é uma dieta balanceada, rica em cálcio cuja principal fonte é o leite. A deficiência de vitamina D é um importante fator para contribuir com a osteoporose. Baixas concentrações de vitamina D estão também associadas a outras doenças crônicas como doenças cardiovasculares, diabetes, câncer de mama, coloretal e próstata.
Diferente do cálcio, uma pequena quantidade de vitamina D está presente na nossa dieta, que inclui óleos, peixes gordurosos (atum sardinha e cavala), gema de ovo e fígado. Além disso a exposição solar é um fator importante para a produção da vitamina D e deve ser incentivada caso não tenha contra indicação. Estudos tem mostrado que a deficiência de vitamina D é alarmante em todo mundo, mesmo em países de sol como o Brasil.
Todas as pacientes devem ser estimuladas a parar de fumar e evitar o consumo exagerado de cafeína e álcool. O incentivo as atividades físicas são muito importantes, melhorando a densidade óssea, diminuindo o risco de fraturas em quadril em mulheres, melhorando o equilíbrio, aumentando a força muscular e diminuindo o risco de quedas.
É importante que os pacientes idosos se protejam das quedas, melhorando a segurança em casa com calçados adequados, corrimão nos locais principais, carpetes antiderrapantes e iluminação apropriada.

Thaís Mendonça é endocrinologista da Santa Casa de Maceió e professora de endocrinologia da UFAL.

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