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Cirurgia evita incapacitação de pacientes em tarefas que exijam esforço

Gustavo Barboza, cirurgião de ombro e cotovelo da Santa Casa de Maceió

Gustavo Barboza, cirurgião de ombro e cotovelo da Santa Casa de Maceió

A paciente S.H.C., de 29 anos, foi a primeira paciente da Santa Casa de Maceió a se beneficiar de uma decisão do Sistema Único de Saúde, que passou a cobrir a implantação de prótese na cabeça de radio. Essa estrutura óssea fica no cotovelo, na articulação que une o braço ao antebraço.
Sem a prótese, S.H.C. seria submetida à técnica convencional, ou seja, à retirada (ressecção) do osso. O procedimento traz repercussões negativas a médio e longo prazo ao paciente, permitindo que o osso se desloque se for submetido a um esforço maior, como a carga de um peso, por exemplo.
"A ressecção é a última opção nos casos em que a cabeça de radio se fragmenta muito. O cotovelo continua mantendo sua movimentação, no entanto quando o membro é mais exigido, o paciente perde a estabilidade no cotovelo, correndo risco de haver luxação (deslocamento ) da articulação do cotovelo, o que na prática acaba incapacitando a pessoa. Quando não há fragmentação tao grave, mini placas de fixação geralmente resolvem o problema", detalhou o ortopedista e traumatologista Gustavo Barboza de Oliveira, cirurgião de ombro e cotovelo que realizou o procedimento na Santa Casa de Maceió.
As duas principais vantagens de se implantar a prótese na cabeça de radio são a reconstrução da articulação e a rápida recuperação, devolvendo qualidade de vida ao paciente.
Ainda no pós-operatório o paciente começa a movimentar a articulação em sessões de fisioterapia. Não havendo intercorrências, o paciente pode ter alta entre 24h e 48 horas e voltar mais rapidamente à sua rotina normal apos reabilitação fisioterápica adequada.
O principal causa da fratura da cabeça radio são pelos traumas de alta energia, ou seja, as fraturas provocadas por acidentes graves durante esportes como o futebol, bicicleta, skate ou em quedas domésticas ou de motos, por exemplo. Outro público onde esse tipo fratura é comum, são os idosos, geralmente em quedas que atingem o cotovelo.
No caso da paciente S.H.C., a queda provocou três fraturas, uma na regiao do punho, outra na porção media do antebraço (no osso chamado ulna) e outra na cabeça do radio (cotovelo).
" A autorização e cobertura deste procedimento pelo SUS é fundamental. O custo é relativamente baixo, a recuperação é rápida, e só o fato de tornar o paciente produtivo, e reestabelecer qualidade de vida novamente ao paciente mais que justifica sua cobertura pelo SUS", finalizou Barboza.

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