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Arritmias cardíacas devem ser acompanhadas de perto

Forte, lento, ou até normal, mas fora do compasso. É assim que bate um coração de quem sofre de arritmia cardíaca, uma das doenças cardíacas que está entre as maiores causas de mortes no Brasil e no mundo. Anualmente, em terras brasileiras, mais de 20 milhões de pessoas são acometidas com o problema e cerca de 320 mil mortes súbitas são registradas no país.

O especialista em arritmia/marcapasso da Santa Casa de Maceió, Marcelo Malta, explica que a maioria das arritmias são benignas e passíveis de tratamento, porém, só o médico poderá orientar sobre a gravidade do problema. “Algumas pessoas já nascem com elas e outras poderão adquirir ao longo da vida, seja por envelhecimento ou doenças associadas. Aquelas arritmias cardíacas que ocorrem em quem já apresenta problemas cardíacos, como infarto, cirurgias prévias e insuficiência cardíaca, são de maior risco”, disse.

Os sintomas mais comuns são palpitações ou “batedeiras” no coração, desmaios (síncope) e tonturas. Em outros casos, podem apresentar alteração da consciência, fraqueza, pressão baixa e dor no peito. Porém, as arritmias cardíacas também podem se manifestar sem sintomas e de forma “silenciosa”, podendo se tornar perigosa. Em casos graves, pode levar à morte súbita. “A morte súbita pode ser revertida em muitas vítimas se tratada rapidamente com um choque elétrico aplicado no peito quando ela é provocada por certas arritmias. A partir de três minutos, o cérebro já começa a sofrer danos e a maioria das ressuscitações acima de 10 minutos não são bem-sucedidas”, destacou o especialista.

Marcelo Malta, especialista em arritmias, alerta que doença pode ser silenciosa

Estatísticas mostram que a morte súbita é duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres após os 65 anos e abaixo dessa idade, o homem é acometido quatro vezes mais que a mulher. “O problema, apesar de comum, não recebe a importância que deveria da população. É fundamental a realização de exames preventivos e o acompanhamento das arritmias cardíacas por um especialista”, disse Marcelo Malta.

Para o diagnóstico da arritmia cardíaca, a Santa Casa de Maceió dispõe de médicos especialistas e exames como o eletrocardiograma, Holter, teste ergométrico e o estudo eletrofisiológico, entre outros. O tratamento é feito utilizando medicamentos específicos, ablação (espécie de cateterismo que tem por objetivo destruir os focos de arritmia), implante de marcapasso (dispositivo implantável que substitui o sistema elétrico do coração e que também pode ser utilizado no tratamento dos pacientes com arritmia cardíaca) e implante de desfibrilador interno.

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