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O câncer de mama não pode ser evitado, mas pode ser descoberto em estágio precoce acelerando o início do tratamento. Para isso, a cada ano, o arsenal de novas técnicas cirúrgicas, medicamentos, e exames, aumenta na Santa Casa de Maceió, o que reforça o combate à doença e retira das estatísticas de mortalidade do INCA pacientes afetadas pela patologia.

Imagem feita no PET Scan, novo equipamento da Santa Casa de Maceió

O assunto não deve ser discutido apenas durante o Outubro Rosa, alerta o mastologista da Santa Casa de Maceió e membro da Academia Brasileira de Mastologia (ABMasto), João Aderbal. “Hoje temos cirurgias melhores, a radioterapia é feita em menor tempo, e novas drogas. Tudo isso beneficia a paciente. Embora, o que é mais importante é detectar o tumor em estágio inicial”, disse.

O câncer se caracteriza por um tumor decorrente do crescimento desregrado da célula, o que faz com que na mama tenha o potencial de causar o tumor em si e as metástases. O tratamento é multidisciplinar. “A escolha do tratamento depende, especificamente, do tipo de tumor que a paciente tem. Hoje temos a imunohistoquímica que vai dizer se o tumor é luminal A, B, HER2 2 positivo, ou se é triplo negativo, bem como as características morfológicas, o tamanho do tumor. Com essas informações podemos indicar o melhor tratamento e a sequencia que deve ser seguida, ou seja, se será iniciado com cirurgia ou quimioterapia, por exemplo”, explicou.

Novas técnicas cirúrgicas aplicadas pela equipe do hospital

Para mulheres que não fazem acompanhamento de rotina, os sintomas da doença são os melhores indicativos de algo está fora da curva. Entre eles, nódulo endurecido no seio, saída de secreção do mamilo, e a presença de uma íngua debaixo do braço.

Homens também podem ter câncer de mama, mas o registro é raro. De cada 100 casos, apenas um é de homem. Em mulheres grávidas, a doença também é rara, mas precisa de atenção. A emoção que envolve o nascimento da criança pode mascarar a doença, que, muitas vezes, só é descoberta em estágio avançado.

João Aderbal e Frederico Rocha (de máscara), referências na mastologia alagoana

“A Santa Casa de Maceió é o maior complexo de oncologia de Alagoas, e o maior CACON. Ela possui todas as armas contra o câncer, especificamente contra o de mama, como a radioterapia, cirurgias de alta qualidade, equipe clínica maravilhosa, cirurgiões plásticos e, agora, com a imunoterapia. O hospital também dispõe do PET Scan, e já está em vistas de comprar um mamótomo, aparelho que vai ajudar a definir melhor a biópsia das mamas”, ressalta João Aderbal.

O especialista também destaca a evolução das cirurgias de mama. “Chegamos em um estágio onde muitas mulheres saem com a mama mais bonita do que quando chegaram ao hospital. Isso é possível por conta do grupo de profissionais muito bem preparados na residência médica pelo Dr. Frederico Rocha, que treina seus alunos para a cirurgia com enfoque na oncoplastica, quando o próprio mastologista consegue fazer a reparadora, evitando que a paciente espere por um cirurgião plástico”, finaliza o mastologista João Aderbal.