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“Antibióticos: muito além da primeira hora” é tema do Sepsis Day da Santa Casa de Maceió

Por Flávia Farias/Ascom Santa Casa de Maceió

A Gerência de Riscos e Práticas Assistenciais da Santa Casa de Maceió realizou o Sepsis Day 2023, nesta terça-feira (12), com um talk show abordando o tema “Antibióticos: muito além da primeira hora”. Membros da equipe multidisciplinar da instituição falaram sobre seus papeis no tratamento da doença seguindo as orientações da ILAS – Instituto Latino Americano da Sepse.

Talk show do Sepsis Day 2023 abordou o tema “Antibióticos: muito além da primeira hora

“O protocolo não se restringe apenas a primeira hora, existem outros passos que devem ser seguidos. Quando fazemos o diagnóstico temos até 60 minutos para administrar o antibiótico nos adultos, pois, na maioria dos casos a infecção é bacteriana. Já nas crianças esse prazo chegar a até três horas. Mas, antes, colhemos o material para fazer as culturas relacionadas ao provável foco da infecção. Temos quer fazer as demais etapas que é a hidratação com substâncias que possam levar a uma estabilidade hidroeletrolítica do paciente, fase que muitas vezes é esquecida no contexto de seguimento, principalmente nas primeiras 6 horas”, disse Tereza Tenório, gerente de Riscos e Práticas Assistenciais.

O diretor de negócios e Infraestrutura da Santa Casa de Maceió, Carlos André de Mendonça Melo, na abertura do evento

Na Santa Casa de Maceió, a equipe multidisciplinar trabalha todos os pontos do monitoramento, inclusive com a reavaliação médica e da enfermagem, com a aferição dos sinas vitais a cada hora, sempre avaliando se o paciente deve ser transferido para UTI.

“O talk show abordou os papeis de todos os integrantes da equipe multidisciplinar relacionados a esse primeiro momento, como o médico, técnico de enfermagem, farmacêutico, entre outros agentes, mostrando que podemos oferecer ao paciente este desenvolvimento rápido e eficiente para que a gente consiga estabelecer o tratamento no tempo correto, dependo, lógico, de suas particularidades, tentando fazer os ajustes necessários após essas primeiras horas”, destacou Tereza Tenório.

A médica Fernanda Sarmento foi uma das participantes do Sepsis Day

Uma das participantes do talk show foi a médica Fernanda Sarmento. “É muito importante falar sobre esse tema, uma doença que ainda causa, infelizmente, muitos óbitos no ambiente hospitalar. Discutimos sobre o antibiótico que vai muito além da primeira hora, algo muito importante para focar com os médicos e com toda a equipe, reforçando a necessidade  do stewartship, que é o escalonamento do uso correto dos antibióticos para evitar a resistência aos antimicrobianos”, disse.

Antes do talk show houve a apresentação do histórico do protocolo de sepse, com a reprodução de um vídeo sobre sua implantação, em 2009, na emergência da Santa Casa de Maceió.

Representantes da equipe multidisciplinar do protocolo de Sepse da Santa Casa de Maceió

“Em quase dois anos, mil profissionais foram treinados para que pudéssemos estender o protocolo para toda a instituição em 2011. A partir de então, até 2019, antes da pandemia, diminuímos nossa taxa de mortalidade por infecção de 50% para 17%. Hoje trabalhamos com uma taxa um pouco maior, em torno de 25%, relacionada a pós-pandemia, mas que ainda é metade de taxa do nível nacional”, pontuou a gerente de Riscos e Práticas Assistenciais.

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