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A Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC) promoveu, nesta quarta-feira (09/01), no Centro de Estudos da Santa Casa de Maceió, o primeiro encontro do ano com as voluntárias da entidade. Na pauta, uma sessão de cinema com o filme Revelações seguido do comentário da psicanalista Rosinete Mendonça de Melo.
Conforme frisou a presidente da entidade, Fátima Canuto, o cinema possui a capacidade de envolver, entreter e deixar uma mensagem para o expectador. Na opinião de Canuto, ao escolher filmes com conteúdo e comentá-los, a RFCC busca formar opiniões e sensibilizar suas voluntárias sobre questões pertinentes à vida, às relações humanas e ao trabalho desenvolvido pela ong.
Após a apresentação do filme, Rosinete Mendonça fez algumas considerações sobre a fita, destacando que as diversas vicissitudes da vida levam muitas vezes o homem a seguir caminhos controvertidos. “No filme, os dois protagonistas tentam esconder suas origens, suas verdadeiras identidades, para que possam sobreviver e serem aceitos pela sociedade”, resumiu.
“Muitas vezes as pessoas preferem ver apenas o lado belo da vida e se esquecem de que é preciso ver o outro lado desta mesma vida, observar que os indivíduos não são perfeitos, que há gente sofrendo pelos motivos mais diversos, dentre eles o racismo, e que precisamos ver a vida no sentido mais amplo para que possamos nos sensibilizar com o sentimento do próximo. O filme traz este outro lado do ser humano”, acrescentou Rosinete.
Após a sessão de cinema, o grupo saboreou um lanche a participou de mais um momento de convivência.

O filme

Revelações é a história de Coleman Silk (Anthony Hopkins/ Wentworth Miller). Um segredo abala o primeiro amor do jovem Coleman (Wentworth Miller), nutrido por Steena (Jacinda Barrett). Anos mais tarde, já professor respeitado, (Anthony Hopkins) vê sua carreira arruinada por acusações falsas. Agora, mergulhando em um caso escandaloso com a misteriosa Faunia (Nicole Kidman), Coleman volta a viver um despertar erótico que o transporta para o passado.
A paixão ressurge e junto vem a ameaça de perigo do ex-marido de Faunia (Ed Harris), e Coleman enfrenta a imperativa de expor a sua verdadeira identidade, antes que seja tarde demais. Desde a juventude, durante a intolerante década de 40, Coleman Silk, negro de pele extremamente clara (a mãe diz que é "branco como a neve"), passa por branco, com sucesso, como fizeram tantos outros por toda a História dos EUA em buscando de maior liberdade pessoal. Mas ele conseguiu isso pagando um preço terrível.
Com Faunia, o seu último amor, o mais arriscado, Coleman tem a sua última oportunidade de redenção – por fim, ele descobre, sob ameaça, a intimidade para partilhar o seu segredo com uma pessoa. Silk parece ser um eminente intelectual judeu e marido dedicado. Mas a verdade sobre Coleman Silk é muito mais complexa do que qualquer pessoa conheça. Entre outras coisas, Silk esconde-se atrás de um espesso véu de mentiras – por ter suprimido a sua origem em uma família de negros, para encontrar a liberdade que ele achou impossível de encontrar de outro modo.
Os segredos persistem até ele conhecer Faunia, uma faxineira igualmente reticente, com a metade da sua idade. Ela desperta algo, ao mesmo tempo sexual e emocional, que o leva, inexoravelmente a uma confrontação com o passado.

O filme brota da idéia de que não importa o que uma pessoa faça, o ser humano sempre deixa uma marca no mundo (seja de fúria, desejo, ambição ou casual) como uma cicatriz ou nódoa, que não pode ser eliminada. Para Coleman, esta marca é a fraude e a sombra que ele carregou durante décadas.
Ambientado em 1988, quando o país estava imerso no escândalo Clinton-Lewinsky, Revelações é uma jornada de ambição, individualismo, traição e anseio por amor, esquadrinhando os papéis de identidade e independência, raça e preconceito, brutalidade e ternura confrontados na sociedade estadunidense.