Um inocente copo de cerveja pode acabar com a folia
Se a legislação de trânsito for levada ao pé da letra e se houver fiscalização nas estradas, mesmo um inocente copo de cerveja pode ser suficiente para que o folião fique sem carro no carnaval e tenha ainda que pagar uma salgada multa após a ressaca. A opinião é do médico clínico e intensivista da Santa Casa de Maceió, Hélvio Ferro.
Preocupado com o número de atendimento na Emergência 24 Horas, do qual é coordenador clínico, Helvio Ferro lembra que pela legislação atual 0,2 miligramas de álcool no sangue são suficientes para que a autoridade de trânsito aplique a notificação. “Um copo de cerveja é suficiente para atingir este nível”, frisou.
O número de mortes nas estradas durante períodos festivos como o carnaval, reveillon e natal mostram que bebida e direção não combinam. “O País gasta quase R$ 5 bilhões devido aos acidentes de trânsito, são gastos que incluem seguros, atendimento emergencial e hospitalar, terapias, perdas econômicas, dias parados do trabalhador etc. e isso tudo computado apenas os dados das rodovias federais e estaduais”, alerta. “Se não resiste à bebida, o motorista folião deve chamar um táxi ou pedir alguém para dirigir”, acrescentou.
Ele lembrou ainda que no feriadão de sete de setembro do ano passado, o trânsito no Brasil matou mais do que o terremoto do Peru ocorrido naquele período. “A fórmula ingestão alcoólica e imprudência no volante só pioram o cenário”, acentuou. Ainda segundo ele, o problema é que não só os acidentes de trânsito vitimam a juventude brasileira. As mortes por agressões em conflitos interpessoais também engordam as estatísticas, atingindo a faixa etária dos 18 aos 28 anos, ou seja, a faixa mais produtiva do mercado do trabalho.
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