SANTA E ABENÇOADA CASA
Conheço a Santa Casa de Misericórdia de Maceió, desde quando meu pai foi operado pelo dr. Clemente Magalhães Silveira. Chamava atenção à limpeza e desvelo as irmãs Vicentinas que se doavam a todos, indistintamente.
Amplo corredor central, quartos de um lado e do outro, pé direito exagerado em comparação aos que se adotam atualmente, o pavilhão São Vicente era o centro de atração dos que necessitavam de cuidados dos seus competentes profissionais. Foi no ano de 1945 e lá conheci, de relance, impressionando-me pela sua altura e vozeirão, o já famoso médico Ib Gatto.
Com 157 anos de fundação (7 de setembro de 1851), a santa Casa passou por uma série de transformações em sua estrutura, todas objetivando atender da melhor forma a coletividade de Maceió do Estado.
Batizado inicialmente como Hospital de Caridade São Vicente de Paulo mudou de nome para atual Santa Casa de Misericórdia de Maceió.
Muita crise enfrentou a instituição, tanto na parte financeira como de gerenciamento e debelação de doenças que aqui grassaram, mais com abnegação, chegou aos dias atuais dando mostras de vitalidade, principalmente nestes últimos anos com a ascensão à sua Provedoria do médico Humberto Gomes de Melo.
O hospital avançou tecnologicamente para atendimento aos seus clientes particulares, conveniados e dos SUS, com os mais modernos e sofisticados instrumentos que a Medicina oferece no momento, como também avançou na capacitação dos seus recursos humanos, do mais simples funcionário até os componentes do excelente corpo médico.
Recentemente, chegou-nos a notícia que, pesquisa realizada pela BDO Trevisan, Economática e pela Isto É Dinheiro, apontou a nossa Santa Casa como uma das cinco empresas brasileiras do setor saúde com o melhor índice de sustentabilidade financeira.
É motivo de orgulho não só para aqueles que emprestam seus esforços para o bem-estar dos que a procuram, como para todos nós alagoanos.
Dizem que o SUS é o vilão do sistema de saúde brasileiro. Vilão ou não, a Santa Casa mostra-nos números que refletem a excelência de sua administração.
Das 13,6 mil aplicações de quimioterapia, 9,3 mil consultas de Oncologia Clínica, 104,4 mil aplicações de radioterapia, assim como das 6,9 mil consultas na radioterapia, 98%, 97%, 91% e 90% respectivamente, foram em pacientes daquele sistema.
Sabemos que o SUS dá prejuízo, mas com uma boa dosagem no manejo dos pacientes e controle no seu orçamento, demonstra a Santa Casa que além de santa é abençoada.
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