Alagoas realiza 1ª cirurgia bariátrica do ano
O médico especializado em cirurgias digestivas e bariátricas Herbert Toledo (foto) foi o convidado desta quinta-feira (08) do programa Bom Dia Alagoas, da TV Gazeta. O cirurgião falou sobre a primeira operação bariátrica – mais conhecida como redução de estômago – do ano realizada em Alagoas na Santa Casa de Maceió.
Toledo informou que, em média, cerca de 180 cirurgias de redução de estômago são realizadas por ano em Alagoas, por cinco equipes médicas distribuídas entre Maceió e Arapiraca. “No estado, apenas o Hospital Universitário realiza este tipo de cirurgia pelo Sistema Único de Saúde. Os demais hospitais fazem por meio de convênios e particulares”, disse.
O cirurgião explicou que existem diversas técnicas para a perda de peso, mas que a mais sedimentada é a cirurgia de redução, na qual o paciente passa a ingerir menos alimentos. “Também existem cirurgias que têm uma função disabsortiva, ou seja, você passa a absorver menos os alimentos. Mas nós não as praticamos, por acreditarmos que seja de difícil controle para os pacientes”.
Segundo Toledo, a cirurgia bariátrica existe há mais de 50 anos. Mas só a partir da década de 90, a operação se popularizou, o que faz com que o Brasil seja o segundo país do mundo com maior número de reduções de estômago, perdendo apenas para os Estados Unidos.
Quanto ao chamado ‘efeito sanfona’, o médico explicou que o ganho de peso se deve a fatores psicológicos. “Nós costumamos dizer que, quando operamos um paciente e ele fica magro, ele é um obeso emagrecido, porque a formação psicológica dele é como obeso. Com o passar dos anos, na medida em que vão deixando os consultórios e o acompanhamento médico, vão perdendo a aderência à nova realidade de vida”.
Já no tocante ao número de cirurgias em jovens, Toledo afirmou que a obesidade se deve a fatores genéticos aliados ao padrão de vida que as crianças e adolescentes vêm levando. “O número de cirurgias é crescente devido à vida que levam, com comidas rápidas e sem balanceamento, aliado a questões genéticas”, concluiu.
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