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Especialista sugere cautela em pesquisa sobre vinho

A OMS e a UICC sempre relacionaram o consumo de álcool com a elevação da incidência de câncer do trato digestivo superior (boca, faringe e esôfago), todavia, um grupo de pesquisadores da Califórnia afirma que o consumo moderado de vinho tinto reduziu em 56% a possibilidade de aparecimento de uma patologia conhecida como “esôfago de Barret”, uma lesão pré-cancerígena que acomete 5% da população e aumenta entre 30 e 40 vezes a chance de desenvolver adenocarcinoma do esôfago.
O estudo californiano acompanhou mais de mil adultos por dois anos, período no qual foram comparados o consumo de álcool, o tipo de bebida, fatores corporais e o aparecimento das lesões do esôfago de Barret. O consumo de álcool não foi associado ao aumento de risco para alterações no esôfago. Em relação ao vinho tinto, o efeito foi de proteção, quando consumido até 2 taças/dia. Os pesquisadores acreditam que os efeitos antioxidantes do vinho tinto contrabalançam os efeitos lesivos do ácido.
Para o chefe do Departamento de Radioterapia, Marcos Davi Melo, entretanto, a pesquisa dos cientistas californianos precisa ser analisada com muita cautela. “Antes de segui-la ao pé da letra é melhor esperar prudentemente pelo princípio básico da metodologia científica: que a pesquisa seja reproduzida em outros centros com as mesmas condições e os mesmos resultados. Afinal, a Califórnia é o maior produtor de vinho dos EUA”, cutuca.
O oncologista Marcos Melo alerta que o consumo elevado de álcool associado a câncer de mama – metade dos casos estão nesta região e do colon e do reto – e ao câncer da cabeça e pescoço, que apresenta uma elevação preocupante, principalmente na América Latina, onde é responsabilizado por 4.5% das mortes.
A média de consumo mundial é de 4 litros de álcool/ano, ou 9 g/dia; sendo que os menores consumos são registrados no leste e sudoeste asiático e nordeste da África com menos de 1 l/ano e os maiores consumos estão no centro e Leste da Europa com mais de 12 l/ano.

Fonte: Assessoria de Comunicação – Santa Casa de Maceió

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