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A Operação Sorriso terminou ontem (14/04) o processo de cadastramento e seleção das crianças e jovens que farão a cirurgia de correção de fissura lábio-palatal, também conhecidas como lábio-leporino ou fenda palatina. Nas próximas horas será divulgada a lista com os 125 pacientes selecionados.
Após o fim desta primeira etapa do projeto, as mães e filhos que não tiverem condições de permanecer em Maceió poderão ficar hospedados no Centro Cenecista do Poço aos cuidados da Rede Feminina de Combate ao Câncer. As cirurgias ocorrerão no Centro Cirúrgico da Santa Casa de Maceió no período de 17 a 21 de abril.
No Brasil, em cada 650 partos bem sucedidos, uma criança nasce com fissura labiopalatal, “o que mostra a preocupante incidência desta doença no País”, afirma o coordenador em Alagoas da Operação Sorriso, o cirurgião plástico André de Mendonça.
A fissura lábio-palatal é uma abertura na região do lábio e/ou palato do recém-nascido, ocasionada pelo não fechamento destas estruturas na fase embrionária, entre a 4ª e a 12ª semana de gestação. As fissuras podem deixar o canal oral em contato com o nasal.
Com esta alteração da anatomia da face, há maior risco das crianças aspirarem o alimento provocando infecções como otites e pneumonias. As anemias também são freqüentes nos fissurados labiopalatais, normalmente solucionáveis com uma dieta balanceada e sulfato ferroso. Sem o devido tratamento, as fissuras podem provocar seqüelas graves, como a perda da audição, problemas de fala e déficit nutricional, além do sofrimento com o preconceito.
É possível a total reabilitação do paciente com fissura labiopalatal. Quanto mais cedo a intervenção, melhor. O inconveniente é que o tratamento é longo, tendo início desde o nascimento até a fase adulta, passando por várias cirurgias corretivas e estéticas.

Fonte: Assessoria de Comunicação – Santa Casa de Maceió