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Santa Casa anuncia meta de realizar dois transplantes renais por mês

No leito da Unidade João Fireman, Ubiratan Vieira recupera-se de cirurgia em que recebeu do irmão - Ubirajara Vieira (em pé) - o rim que salvou sua vida

No leito da Unidade João Fireman, Ubiratan Vieira recupera-se de cirurgia em que recebeu do irmão – Ubirajara Vieira (em pé) – o rim que salvou sua vida

No Dia Mundial do Rim, celebrado na última segunda-feira (8), a Santa Casa de Maceió realizou o primeiro transplante de rim dentro do projeto articulado pela Direção Médica, que visa realizar ao menos dois transplantes renais por mês.

O primeiro alagoano “a ganhar vida nova”, conforme definiu o próprio paciente, foi Ubiratan Vieira Cavalcante, 34 anos, morador de São Miguel dos Campos. Ele e o irmão, Ubirajara Cavalcante, 27 anos, doador do rim, permanecem recuperando-se bem na Unidade João Fireman.

Perguntado sobre o que muda na vida dos dois, Ubirajara disse que para ele, enquanto doador, nada muda, não sendo necessária a ingestão de medicamentos para compensar a ausência de um dos rins. “O que mudou foi a sensação de paz e a certeza de que pude salvar a vida de meu irmão”, disse o técnico em motores.

Já Ubiratan, receptor do rim, frisou a chance de poder voltar ter uma vida normal, após três anos de sofrimento e privações por causa da atrofia que atingiu os dois rins. Além de se deslocar três vezes por semana para Maceió e ter que ficar quatro horas ligado a uma máquina de diálise, o paciente precisou reduzir a ingesta de água, evitar o consumo de sal e manter a pressão sobre rígido controle. Com um filho de oito meses esperando em casa, Ubiratan não vê a hora de voltar para sua rotina. Não a antiga, mas a nova.

Transplante – Chefiada pelo nefrologista Arnon Farias Campos, a intervenção cirúrgica contou com a participação dos cirurgiões urológicos Mário Ronalsa e William Monteiro e vasculares Ronaldo Nardão, Pedro Fernandes e Jubran Petrucelli.

Conforme alertou Arnon Farias Campos, 6% da população mundial tem algum tipo de doença renal. “Não existem recursos para atender esta gama de pacientes, por isso os governos devem investir em informação e em prevenção. Deve ser uma política de estado”, sentenciou.

São potenciais candidatos à doença renal, as pessoas diabéticas, obesas, hipertensas, cardíacas e com colesterol alto ou histórico da patologia na família. “Infelizmente, bebês com baixo peso e que passam muito tempo internados em UTI também são candidatos”, acrescentou. Para identificar se tais pacientes podem ter a doença no futuro basta realizar exames de urina e de sangue.

Segundo o presidente da Associação dos Doentes Renais Crônicos, José Nilton da Silva, Alagoas possui cerca de mil pacientes que dependem da diálise para viver.

Já o diretor médico da Santa Casa de Maceió, Artur Gomes Neto, que encampou a luta para ampliar o número de transplantes em Alagoas, afirma que 40% dos pacientes em hemodiálise tem condições clínicas para fazer o transplante.

O cirurgião urológico Mário Ronalsa frisou que o empenho do provedor Humberto Gomes de Melo em dar as condições necessárias para o transplante deve garantir o sucesso desta empreitada. Ele explicou que antes do procedimento, tanto o doador como o receptor precisam fazer um série de exames de compatibilidade, processo esse que leva meses para ser concluído.

“Trata-se de uma decisão pessoal do provedor e do diretor médico da Santa Casa de Maceió para que tais exames sejam viabilizados. Mas, para que atinjamos a meta é preciso o empenho de todos”, finalizou.

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