Lideranças da saúde entregam propostas para Dilma Roussef
A candidata à Presidência da República, Dilma Roussef, reuniu-se esta semana com lideranças da saúde no País em encontro onde foi entregue documento contendo as principais sugestões do setor para um eventual governo da petista.
Participaram da reunião executivos como José Carlos Abrahão, presidente da Confederação Nacional da Saúde (CNS), e de Humberto Gomes de Melo, presidente da Federação Nacional dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Fenaess).
Assinaram o documento os representantes da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), Confederação das Misericórdias do Brasil (CMB), Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) e União das Instituições de Autogestão em Saúde (UNIDAS).
A proposta entregue à candidata Dilma Roussef relacionou 11 temas, incluindo o fortalecimento das parcerias público-privadas, regime tributário próprio para o Setor Saúde, linhas de financiamento e recursos para o SUS, estímulo à acreditação dos prestadores e a criação do Sistema S da Saúde.
Durante a reunião, o presidente da CNS, Dr. José Carlos Abrahão, detalhou cada uma das. “Nós nos sentimos honrados em ser ouvidos. Temos certeza de que temos muito a contribuir com o governo, caso a candidata venha a ser eleita”, disse.
No encontro as lideranças destacaram o subfinanciamento como um dos principais problemas enfrentados nos últimos anos. De cada R$ 100 gastos no atendimento ao SUS, os hospitais filantrópicos, por exemplo, recebem apenas R$ 65. Como o SUS não tem capacidade instalada para substituir as filantrópicas, a situação ficaria muito pior se todas fechassem as portas.
Dilma Roussef disse ter entendido que o Setor enfrenta uma questão séria de subfinanciamento e que, para solucionar este problema, é preciso uma gestão estratégica. Para tanto, ela disse que conta com a parceria do Setor para desenhar um novo padrão de gestão para o SUS, trabalhando para articular os segmentos público e privado na Saúde.
Ela reconheceu a importância do papel do Setor Privado e se comprometeu a, caso seja eleita, manter um processo de diálogo com o Setor. “Durante o governo Lula, demos grandes passos em relação à educação, mas isto não aconteceu na Saúde. Acho que temos de encontrar um caminho em conjunto. Precisamos definir um diagnóstico e uma proposta de solução para os problemas da Saúde. Mas nada disso vai poder ser feito sem vocês. Precisamos saber o que está errado e por que está errado. Quero o máximo da avaliação e da honestidade de vocês para podermos trabalhar com transparência e eficiência”, concluiu.
Também participaram do encontro os presidentes da FEHOESP, Dante Montagnana; da FEBASE, Marcelo Moncorvo Brito; do Sindicato dos Hospitais do Maranhão e diretor da CNS, Antonio Magno Borba; o vice-presidente da FEBASE, Ricardo Pereira Costa; o diretor Administrativo do Hospital Mater Dei, José Henrique Dias; o diretor do Hospital Albert Einstein, Henrique Neves; e o superintendente da FBH, Luiz Fernando Correa.
A CNS também procurou o candidato à presidência, José Serra, para entregar o documento, mas ainda não obteve resposta de quando será possível realizar o encontro
Fonte: CNS – Confederação Nacional de Saúde
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