Famílias devem estar atentas aos sinais do câncer infantil
Em muitos consultórios médicos e na maioria das famílias é comum tratar os sintomas de doenças com medicamentos ao invés de se investigar a causa. Quando os pacientes são crianças e jovens essa realidade é ainda mais concreta.
Para febre, antitérmico. Barriga crescida ou dores abdominais, remedinho para verme. Manchas no corpo, pomadinhas contra eczemas. Se houve vômito, o culpado foi o salgadinho da escola. Se está com dor de cabeça ou com febre, deve ser uma virose.
O problema é que esses sintomas podem ser de uma doença comum, como também pode ser o primeiro sinal de um câncer.
“Entre 70% e 80% dos casos de câncer são totalmente curáveis. O problema é que os sintomas precisam ser identificados precocemente para que iniciemos logo o tratamento. Como o câncer infanto-juvenil tem um rápido desenvolvimento, a demora nesse diagnóstico pode ser fatal”, alertou a oncopediatra da Santa Casa de Maceió, Suzana Marinho.
Ela alertou as famílias para sintomas como febre prolongada; sangramentos em gengivas e no nariz; manchas roxas em profusão (não oriundas de impactos físicas); tumorações pelo corpo; gânglios em crescimento; dores de cabeça com vômito; dor abdominal; e aumento de volume nas pernas ou no abdome.
O tipo de câncer mais comum no País é a leucemia, representando 40% dos diagnósticos. Em seguida, vêm os linfomas (que atingem os gânglios linfáticos) e os tumores sólidos nos rins e na glândula suprarenal (região do abdome). Com o surgimento de inúmeros casos de tumores ósseos em Alagoas, o Centro de Oncologia da Santa Casa de Maceió investiu no tratamento deste tipo de neoplasia, sendo hoje considerado referência em Alagoas.
Perante estudos, como o do Instituto Nacional do Câncer, que prevê o surgimento de 120 novos casos de câncer infanto-juvenil em Alagoas, resta capacitar os profissionais de saúde e alertar as famílias para estarem atentas a seus filhos.
Deixe uma resposta