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Ambulâncias facilitam a transferência de pacientes do interior alagoano para os hospitais em Maceió

O município de Maceió não tem conseguido honrar seus compromissos com prestadores de serviço, como hospitais, laboratórios e médicos, porque tem colocado mais recursos do que vem recebendo do governo federal.
A explicação é do provedor da Santa Casa de Maceió, Humberto Gomes de Melo, ao avaliar os atrasos no pagamento de procedimentos de alta e média complexidade que vêm ocorrendo desde agosto.
"A Secretaria de Saúde de Maceió vem arcando com despesas que superam os 15% constitucionais que o município é obrigado a investir", contabilizou.
Segundo o gestor, o problema ocorre devido à concentração de atendimentos em Maceió que deveriam ser realizados no domicílio do paciente. "Entram na conta da Secretaria de Saúde de Maceió os gastos com seus munícipes e de todos os municípios alagoanos", explicou o provedor.
Ainda na opinião de Humberto Gomes, a solução passa pela adesão da sociedade aos planos de saúde. "Cerca de 91% dos alagoanos não possuem planos de saúde e recorrem apenas ao SUS. Se as operadoras ampliassem a base de clientes e se as empresas oferecessem esse benefício aos funcionários, o SUS poderia racionalizar melhor o atendimento à população", disse Humberto Gomes.
Neste caso, a Santa Casa de Maceió vem fazendo sua parte, tornando compulsória a adesão dos antigos e novos colaboradores a algum tipo de plano de saúde, mas subsidiando os planos.
"Hoje os nossos 1852 colaboradores e seus familiares não precisam mais recorrer ao SUS. A instituição assume 80% do custo do plano e o colaborador os outros 20%", acrescentou.