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Dr. Milton Hênio – Mensagem pelos 160 anos da Santa Casa de Maceió

Dr. Milton Hênio

Dr. Milton Hênio

Comemoramos no último mês de setembro, os 160 anos de atividades da nossa grandiosa Santa Casa de Misericórdia de Maceió. Ela faz parte da vida do povo de Alagoas. Durante todos esses anos, milhares e milhares de vidas tiveram ali o alívio de suas dores. Hoje, dotada de aparelhos super modernos, usando tecnologia avançada em todas as áreas médicas, ela situa-se entre as 5 melhores Santas Casas do Brasil.
Sobre o comando do ilustre cirurgião dr. José Wanderley Neto, o setor de cardiologia tem prestígio nacional. Em todas as áreas trabalham profissionais competentíssimos, auxiliados por jovens médicos residentes que fazem do seu trabalho uma verdadeira missão no exercício da arte de curar. Na área do SUS, a Santa Casa mantém com o maior entusiasmo e esforço, pois o retorno econômico é sempre negativo, o Hospital Nossa Senhora da Guia, com atendimento impecável para gestantes e crianças.
Seu atual provedor, meu caríssimo companheiro de Academia Alagoana de Medicina, é o dr. Humberto Gomes de Melo, que executa com sua equipe um trabalho exaustivo e dinâmico, procurando fazer o melhor, para que aquela Instituição continue merecendo o carinho e o prestígio da comunidade alagoana.
Porém, quero destacar neste artigo de hoje a influência que a Santa Casa exerceu na minha vida como estudante de medicina.
Ainda me lembro… eu e meus 14 companheiros de faculdade, frequentávamos diariamente as suas enfermarias, suas salas de cirurgia, seus corredores, acompanhando os doentes, indigentes na sua maioria (não havia SUS), recebendo aulas práticas e teóricas de nossos queridos e inesquecíveis professores como dr. Ib Gato, Lages Filho, José Mário Mafra, Vitória Pontes de Miranda, Rodrigo Ramalho, Luiz Sampaio, Afonso Lucena, e tantos outros em diversas especialidades. E todos nós notávamos que a presença do médico irradiava vida.
Aprendíamos sem pressa, sem estresse, que a vida circulava nas relações de afeto que ligavam o médico aqueles doentes que o cercavam. Naquele tempo os médicos e estudantes de medicina sabiam qual era o seu destino. Corria os anos 60. É certo que, a medida que vamos percorrendo a estrada do viver, o ontem vai distanciando-se do passado. Mas nada nos impede, pelo milagre da memória, a viagem de volta para rever o que nos ficou de alegria daqueles momentos que, tanto na vida real como na ideal, nunca irá se recuperar.
Hoje, cinquenta anos depois, ainda tenho presente na memória a silhueta física e individual das Irmãs de Caridade Inocência e Paraclica e de todos os meus professores. Todos eles mereceram a nossa amizade, admiração e respeito.
Nesta hora de tantas apreensões, vivendo nossa Medicina crise das mais sérias, apesar das dificuldades, o médico moderno tem que tentar humanizar sua profissão, sabendo que existe um remédio que nenhuma farmácia vende, que é a sua palavra. Foi isso que aprendi no passado.

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