93% dos casos de câncer em mulheres não são identificados por exame
Perguntado se o mapeamento deveria ser disponibilizado para todas as mulheres por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), João Aderbal explicou enfaticamente que não. O câncer mais comum entre as mulheres (93% dos casos) são do tipo esporádico, não identificável por meio de testes genéticos. “Para este tipo de neoplasia, ou seja, para a maior parte das mulheres, o mapeamento genético é inócuo”, respondeu o especialista.
Apenas 7% das neoplasias são hereditárias, e nesse segmento específico, apenas 35% têm os genes BRCA-1 ou BRCA-2 identificáveis pelo teste genético e, ainda, com possibilidade ou não de desenvolver a doença. É neste grupo que se inclui a atriz Angelina Jolie.
“Existem pessoas que possuem a mutação, mas não desenvolvem o câncer ao longo de sua vida, por isso a decisão de realizar a mastectomia de forma preventiva precisa ser uma decisão muito bem refletida pela paciente e discutida com o seu médico, afinal há fatores estéticos e psicológicos envolvidos quando o assunto é a retirada da mama”, ponderou João Aderbal.
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