Existe um caminho para prevenir o câncer de próstata
Hoje, no Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, vale a pena a seguinte reflexão. Se você, leitor, tivesse a chance de evitar um acidente, que poderia até mesmo por em risco sua própria vida e a de seus familiares, você tentaria evitá-lo? O senso comum diz que sim, mas nem sempre a gente lembra de usar o bom senso quando se faz necessário. Compare, agora, o acidente citado como exemplo a um dos principais inimigos do homem: o câncer de próstata. Se soubesse como evitá-lo, você tentaria preveni-lo? Enquanto você pensa vamos a algumas informações importantes.
O câncer de próstata ocupa o terceiro lugar no ranking do Registro de Câncer da Santa Casa de Maceió com 1.019 casos no período entre 2002 e 2012. Para 2013, a Sociedade Brasileira de Urologia prevê o surgimento de 62 mil casos novos e 11 mil óbitos por ano, ou seja, este tipo de câncer deve matar um homem por hora no Brasil somente este ano.
A boa notícia para o homem é que a prevenção é acessível. Além disso, o câncer de próstata tem uma evolução lenta, levando até 3 anos para dobrar de tamanho. Ele é bem diferente dos tumores femininos (colo uterino e de mama), que podem se desenvolver rapidamente e levar à metástase (disseminação por outras partes do organismo) em questão de semanas.
Antes de elencarmos os exames preventivos, vamos à dúvida de dez entre cada dez homens: a partir de que idade o homem deve iniciar o rastreamento (“check-up”) periódico?
Apesar de haver um grande embate entre o Ministério da Saúde, o Instituto Nacional de Câncer e a Sociedade Brasileira de Urologia, o urologista da Santa Casa de Maceió, Mário Ronalsa, orienta seus pacientes a realizarem o primeiro check-up a partir dos 45 anos. “Agora, se o paciente tiver algum caso de câncer de próstata na família em 1º grau (pai ou irmão) essa idade baixa para 40 anos”, explicou Ronalsa.
O toque retal e o teste conhecido pela sigla PSA (realizado por meio de coleta sanguínea) são as duas ferramentas utilizadas para acompanhar a saúde da próstata. Os dois exames devem ser utilizados simultaneamente.
“Não adianta fazer apenas o PSA, já que não existe expressão laboratorial do PSA em 20% dos casos de câncer. Além disso, o PSA sofre alterações por diversos outros motivos, como a relação sexual, a inflamação na próstata, biopsias, entre outros. Já o diagnóstico pelo toque retal… 30% dos tumores. Agora, os dois exames, associados, conseguem rastrear a maior parte dos cânceres”, complementou Mário Ronalsa.
O sinal amarelo para o câncer de próstata são o desconforto urinário, o hábito de urinar sempre à noite (micturia) e jato urinário fino e entrecortado. O sinal de alerta é a presença de sangue na urina.
Para os pacientes com diagnóstico de câncer de próstata as opções de tratamento com chances de cura são a intervenção cirúrgica para retirada da próstata e a radioterapia conformacional, ambas realizadas na Santa Casa de Maceió. Nos casos de metástase apenas a quimioterapia.
Apesar de a cirurgia, associada à radioterapia, ser a melhor oportunidade de cura para o paciente, o procedimento pode resultar em efeitos colaterais como a disfunção erétil (problema que pode ser tratado via medicamento) e incontinência urinária.
Agora, melhor que se arriscar e ser alvo do câncer de próstata, é prevenir a doença com a simples decisão de ir ao médico e realizar os exames PSA e toque retal. No Novembro Azul, mês dedicado à reflexão sobre a saúde masculina, em particular a da próstata, a palavra-chave é prevenção.
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