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Dia Mundial do Rim: pacientes desconhecem ser portadores de doença renal crônica

Nesta quinta-feira – 13 de março – médicos, pacientes, familiares e demais profissionais de saúde celebram o Dia Mundial do Rim. Em todo o mundo serão realizadas ações visando conscientizar à sociedade sobre como prevenir as chamadas doenças renais.
Para 2014, o tema escolhido foi “1 em 10. O Rim envelhece, assim como nós”. A ideia central é chamar a atenção para a alta prevalência da doença renal crônica (DRC) no país, que pode chegar a 10% da população. Entre os idosos, esse percentual é ainda maior.
Outro dado chocante, que contribui de forma significativa para a morbimortalidade por DRC, é que cerca de 70% dos pacientes que iniciam diálise desconhecem ser portadores da doença. Daí a importância do diagnóstico precoce.
“O risco de desenvolvimento da doença aumenta com o envelhecimento”, explicou o nefrologista da Santa Casa de Maceió, Osmar Monteiro da Silva.
Conforme o especialista, a DRC é um dos principais desafios em saúde pública para as próximas décadas. Essas doenças estão intimamente relacionadas com os hábitos de vida da sociedade contemporânea, bem como com o envelhecimento da população mundial. Nesse contexto, a OMS traçou estratégias para a redução da mortalidade por essas doenças até 2022.
Doença renal crônica
A DRC é caracterizada pela perda progressiva e irreversível das funções renais. A sua real prevalência não é totalmente conhecida, mas cerca de 10% da população adulta tem algum grau de perda de função renal. Esse percentual pode aumentar para 30% a 50% em pessoas acima de 65 anos, deixando evidente que o risco para o seu aparecimento aumenta substancialmente com o envelhecimento.
Segundo o IBGE, cerca de 10% da população brasileira tem mais de 65 anos de idade. Por esta razão, para este ano, o tema central da campanha aborda o paralelismo entre o envelhecimento e a DRC.
“No Dia Mundial do Rim estamos empenhados em alertar a população sobre os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença. Entre esses fatores, deve-se destacar principalmente a hipertensão arterial e o diabetes mellitus”, destacou Osmar Monteiro. Outros fatores que também contribuem para o desenvolvimento ou progressão da DRC são a obesidade, o tabagismo e a presença de história familiar de doença renal.
Segundo o Ministério da Saúde, considerando a população brasileira maior de 18 anos, mais de 20% tem hipertensão arterial, cerca de 8% tem diabetes, 18% é tabagista e cerca de 50% (ou seja metade da população) tem excesso de peso.
Os desfechos mais alarmantes da DRC são a mortalidade por doença cardiovascular e a necessidade de Terapia Renal Substitutiva (TRS). Para se ter uma ideia da gravidade cardiovascular da DRC, um jovem de 30 anos que esteja em diálise tem a mesma chance de morrer do coração que um senhor de 80 anos com a função renal esperada para a sua idade. A TRS consiste de hemodiálise, diálise peritoneal e transplante. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), em 2012 havia cerca de 100 mil brasileiros em diálise. Desses, 30% tinham mais de 65 anos de idade, sendo essa frequência três vezes mais elevada do que na população geral.
Ainda de acordo com dados da SBN, em torno de 90% dos pacientes em diálise são tratados pela modalidade hemodiálise, sendo 85% desse tratamento financiado pelo Sistema Único de Saúde, com um gasto anual estimado em R$ 2,2 bilhões.
Apesar do tratamento substitutivo através da diálise, a mortalidade desses indivíduos é em torno de 13% ao ano, sendo maior no início da terapia, por conta do diagnóstico tardio.
“Todo e qualquer paciente que apresentar um dos fatores de risco mencionados (hipertensão, diabetes melitus, idade avançada, história familiar), em qualquer nível de atendimento de saúde, devem ser triados para a DRC através do exame de urina e da dosagem de creatinina no sangue. São exames simples mas que, devido a problemas na rede pública de saúde, nem sempre são acessíveis ao cidadão comum”, finalizou o nefrologista Osmar Monteiro.

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