Cuidados paliativos entram no rol de procedimentos assistenciais da OMS, diz especialista em curso da Santa Casa
A Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu os cuidados paliativos entre as práticas assistenciais que entidades públicas e privadas de saúde devem adotar em suas rotinas padrão. Essa foi uma das boas novas apresentadas pelo geriatra e paliativista Leonardo Consolim no 1º Curso de Atualização em Cuidados Paliativos, promovido pela Santa Casa de Maceió neste sábado (24).
“A partir de agora, acordos e convênios firmados com a OMS devem exigir que os cuidados paliativos façam parte das políticas de governo e das rotinas hospitalares”, disse Consolim, médico assistente do Instituto do Câncer de São Paulo e diretor de ensino da Casa do Cuidar. Com isso, até mesmo a morfina passará a ser exigida nos tratamentos assistenciais. A substância é utilizada no combate à dor, particularmente em casos de câncer avançado, mas em muitos países ainda é de difícil acesso. A decisão ocorreu na última sexta-feira em reunião da OMS, em Genebra.
A geriatra Angélica Yamaguchi, do Hospital das Clínicas de São Paulo, também marcou presença no curso com o inquietante tema Experiência em comunicar más notícias. Ela falou sobre o que pode e o que não pode ocorrer na relação médico-paciente-família quando o diagnóstico de uma doença de difícil tratamento precisar ser comunicado.
Na sequência, complementando o tema, a oncologista do Hospital Rodrigo Ramalho, Carolina Zau, detalhou o passo-a-passo do Protocolo Spike, utilizado em todo o mundo para se comunicar más notícias na área de saúde.
O oncologista Marcos Davi, que apresentou o painel “Papel da radioterapia nos cuidados paliativos”, abriu o evento em nome do provedor Humberto Gomes de Melo e do diretor médico Artur Gomes Neto. Também comporam à mesa que abriu os trabalhos as oncologistas Andréa Albuquerque e Carolina Zau e Maria do Socorro, representante da Rede Feminina de Combate ao Câncer.
No rol dos palestrantes, contribuíram com o curso os médicos Bruno Lima, Eliana Rocha, Martha Pontes, Ronny Roselly, Laís Zau e Helen Arruda. Participaram do colóquio multiprofissional Acleydna Gusmão (Enfermagem); Juliana Rego (Fisioterapia); Maria Elizabeth (Terapia Ocupacional); Lívia Café (Farmácia); Fernanda Mota (Odontologia); Martha Brandão (Psicologia); Serjana Jucá (Fonoaudiologia) e Somaya Lemo (Serviço Social).
O curso ocorreu no auditório Sizenando Nabuco, no Centro de Estudos Professor Lourival de Melo Mota. O curso contou com a participação de estudantes e profissionais da área da saúde.
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