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Ingestão de leite e derivados antes dos 30 ajuda na prevenção à osteoporose

No Dia Internacional no Leite vale dar uma parada na correria do dia-a-dia e se perguntar: estou tomando leite suficiente em benefício da minha saúde? Se você é branca, magra, sedentária, já passou dos 50 anos, passa o dia inteiro fugindo do sol e… não gosta de leite não comemore. Você é candidatíssima a ter osteoporose, doença caracterizada pela descalcificação óssea, que deixa o interior dos ossos poroso, portanto, mais frágil e suscetível a fraturas.
"A osteoporose é mais recorrente em mulheres com este perfil, mas podem afetar os dois sexos dependendo de fatores genéticos, alimentares e de estilo de vida", esclareceu o geriatra David Costa Buarque. Em seu consultório, um em cada três pacientes é diagnosticado com problemas relacionados à osteoporose. No Brasil, estima-se que 10 milhões de pessoas tenham o problema. Nos homens, a osteoporose ocorre geralmente após os 75 anos, quando a prevalência chega a se igualar com as mulheres.

Prevenção e tratamento
Em se falando de prevenção, o recado do geriatra David Costa Buarque é direcionado, sobretudo, às mulheres com idade inferior aos 30 anos. É nessa faixa etária que a mulher atinge o pico de reserva de cálcio nos ossos. A partir de então, a literatura médica revela que ocorre uma perda lenta e gradual de cálcio ao longo dos anos. Se não há uma boa reserva, nem a manutenção dessa reserva na vida adulta, pode-se desenvolver osteoporose, marcada pela ocorrência de fraturas com pequenos traumas, como cair da própria altura.
Para qualquer faixa etária – seja de forma preventiva ou como tratamento – a recomendação é a mesma: adotar uma dieta saudável e rica em cálcio; realizar exercícios físicos durante 30 minutos e tomar sol diariamente por 15 minutos sem filtro solar. "Os raios solares atuam na produção natural de vitamina D, que torna eficiente a absorção do cálcio pelo organismo. Por isso não adianta ingerir cálcio em excesso se não houver a vitamina D", esclareceu Buarque.
No tocante à alimentação, o leite e seus derivados são as principais fontes de cálcio. Mas, para quem não gosta de leite há outras fontes como: sardinha, brócolis, couve, soja, castanha, feijão entre outros. Para essas pessoas, o ideal é recorrer à orientação de um nutricionista e um médico para avaliar possíveis substitutos ao leite e uma dieta que supra a deficiência de cálcio.

Diagnóstico
A densitometria óssea é um exame de imagem (com baixos níveis de raios-x) que avalia, com precisão e rapidez, a densidade mineral óssea comparada com padrões pré-estabelecidos para idade e sexo.
O exame é utilizado no diagnóstico de quadros de osteopenia ou de osteoporose, afecções que apresentam uma redução dos níveis de minerais e, consequentemente, elevado risco de fraturas, pois os ossos encontram-se mais frágeis. O exame visa avaliar o grau de osteoporose e indicar a probabilidade de fratura e a curva de perda óssea.
A densitometria óssea é indicada para mulheres que se encontram na pré-menopausa, menopausa, pós-menopausa, em tratamento hormonal, de estrógenos ou tireoidianos, bem como que estão sob tratamento com corticosteróides.

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